Ex-marido se torna valioso por causa dos meus gêmeos romance Capítulo 107

Normalmente, se não se lembra, os dias passam sempre de forma lúcida e confusa.

Uma vez que se lembra.

Aqueles carinhos inadvertidos, agora, como lâminas, torturam-na cortando-a sem piedade.

Elisa, sem forças, apoia-se no cofre, fechando os olhos de forma impotente.

Se ao menos, ele gostasse um pouco dela, ela não estaria tão desolada...

Quando ela voltou com a certidão de casamento, Danilo Lacerda acabara de sair do banho, o seu rosto estava sério ao passar por Elisa e viu os dois documentos vermelhos na sua mão.

Já com uma expressão fechada, ao ver essa cena, ele parou completamente e depois levantou os olhos para ela, olhando-a friamente como se seus olhos fossem feitos de gelo.

Sob esse olhar, Elisa, segurando as duas certidões de casamento, ficou um pouco sem saber o que fazer.

Um momento depois, Danilo Lacerda soltou um riso de escárnio: "Você realmente está ansiosa, hein?"

Elisa hesitou, os seus lábios finos mexeram-se, mas no final, ela apenas apertou mais forte a certidão de casamento e baixou os olhos.

O que poderia dizer?

Parecia que não havia nada para dizer, nem nada de bom para falar.

O divórcio foi ideia dele, ele estava apaixonado pela pessoa que o salvou.

E ela estava apenas a retribuir o favor feito ao seu salvador.

É isso aí.

Deixe pra lá.

Não há nada a lamentar, pelo menos ela o teve por dois anos.

Esses dois anos seriam suficientes para ela se lembrar pelo resto da vida.

Por fim, Danilo Lacerda deixou cair, "A cirurgia será amanhã, não precisa de se fazer de difícil, vou dormir no escritório."

Então, ele pegou no seu travesseiro e saiu.

Após um momento de silêncio, Elisa colocou a certidão de casamento na mesa de cabeceira, pegou algumas roupas para trocar e entrou no banheiro.

－

No dia seguinte

Depois de terminar, ela olhou-se no espelho novamente, percebendo que estava um pouco melhor, apenas as veias vermelhas nos olhos permaneciam visíveis.

Sem poder fazer nada a respeito no momento, Elisa decidiu usar óculos de armação como um acessório.

O telefone vibrou, e ao verificar, viu uma mensagem de Danilo Lacerda.

"Acordou? Desça, estou à tua espera na garagem."

Oito palavras frias, sem qualquer sentimento ou calor.

Elisa respondeu com um "hm" e, em seguida, levantou-se para pegar um casaco e descer.

Passando pelo hall, Tiago se aproximou: "Senhora, vai sair tão cedo? Não quer dormir mais um pouco?"

Elisa sorriu levemente para ele: "Já dormi o suficiente."

"Então, a senhora gostaria de tomar café antes de sair?"

Vendo que ela não tinha intenção de sentar-se com o casaco na mão, Tiago insistiu.

Como esperado, Elisa balançou a cabeça: "Não, obrigada. Tenho coisas a fazer."