Ex-marido se torna valioso por causa dos meus gêmeos romance Capítulo 209

Naquela noite, Elisa e Danilo transmitiram a Dona Lacerda o que o Dr. Rocha tinha dito pela manhã.

Dona Lacerda estava a sentir-se muito bem em casa recentemente, com a pele mais rosada e um ar mais saudável do que quando estava no sanatório.

Ao ver os dois chegando juntos para falar com ela, não ficou assustada, mas sim, acenou com a cabeça, demonstrando estar de bom humor.

"Amanhã irei fazer o exame, sim, não há problema algum."

Vovó Lacerda estava de bom humor, talvez porque recentemente gostasse mais do ar festivo do exterior, assim querendo terminar a cirurgia o quanto antes para melhorar logo.

Elisa ficou muito aliviada ao ouvi-la.

"Vovó parece estar realmente feliz agora?"

"Sim", Dona Lacerda segurou na sua mão e começou a falar com emoção: "Eu pensei que ficaria confinada no sanatório para sempre, mas poder sair e ver o mundo aqui fora antes da cirurgia, mesmo que eu morra na mesa de operação, não terei arrependimentos."

Elisa, que estava feliz com as palavras de Dona Lacerda, empalideceu ao ouvir a última parte.

"Vovó, o que está a dizer?"

Nos olhos de Vovó Lacerda, não havia tristeza, apenas chamou Danilo com um gesto.

Danilo aproximou-se com uma expressão grave.

"Vovó, não fale coisas de mau agouro. A cirurgia será um sucesso, e a senhora poderá ver o mundo lá fora por muito mais tempo."

"Não são palavras de mau agouro, claro que espero que a cirurgia seja bem-sucedida, mas imprevistos acontecem."

Danilo ficou com uma expressão feia e falou com firmeza: "Não haverá imprevistos."

"Tudo bem, tudo bem." Vovó Lacerda disse sorrindo: "De qualquer forma, se algo acontecer comigo, vocês os dois precisam de continuar a viver bem, sem se entristecerem demais por minha causa, e sem brigas. Danilo, você é homem, deve ser mais compreensivo com Elisa. As mulheres têm as suas dificuldades, entendeu?"

Ela não esperava que suas palavras fizessem Elisa chorar dessa forma.

Dona Lacerda sempre soube que o afeto de Elisa por ela não era o comum entre nora e avó. Desde pequena, Elisa gostava de ficar perto dela, dependente dela, e compartilhava muitos segredos.

Gradualmente, Dona Lacerda percebeu que os sentimentos da jovem eram especiais.

Mais tarde, ao perguntar, descobriu que a jovem cresceu sem a mãe por perto, e então percebeu que talvez Elisa a visse como uma figura feminina na qual poderia depositar os seus sentimentos.

Mas só hoje ela percebeu o quão profundo era esse afeto.

"Vovó..."

Sem resposta, a jovem continuou a chorar.