Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 1093

Ao ouvir a pergunta, Letícia fez uma breve pausa.

Então a Beatriz tinha percebido que ela estava chateada na hora do almoço, por isso a chamou para sentar junto.

— Você, mesmo com tanta coisa pra resolver hoje, ainda reparou em mim… Tô até emocionada. — Letícia brincou, sorrindo.

— Eu que falhei. À tarde eu não tinha um minuto livre e acabei te deixando de lado. — Beatriz se desculpou.

Mas Letícia não parecia se importar nem um pouco. Ela puxou a amiga pelo ombro.

— Já fiquei feliz só de você ter notado. Quanto ao que aconteceu hoje…. — Ela suspirou de forma dramática. — Ai, Bia. Deixa-me acalmar primeiro pra te contar. Foi humilhante. Só de lembrar me dá vontade de ranger os dentes!

Beatriz teve a sensação de que era algo realmente sério, mas, por mais que insistisse, Letícia não revelava nada.

Não teve jeito. Só restava esperar até que Letícia resolvesse contar nos próximos dias.

— Seja lá o que for, não deixa ninguém te fazer sofrer. A Letícia que eu conheço sempre revida na hora. — Beatriz a confortou.

Ao ouvir aquilo, Letícia pensou:

“Se fosse qualquer pessoa, eu não só revidava na hora… Eu revidava em dobro.

Mas o problema era que tinha sido o Renato.”

Mesmo tendo respondido à altura, só de lembrar a situação o peito dela apertava de novo.

Ser rejeitada daquele jeito, tão rápido e sem rodeios, realmente tinha machucado.

— Relaxe. — Letícia exibiu um sorriso amplo. — Eu não sou de engolir desaforo. Pagam na moeda certa comigo.

Beatriz, porém, percebeu que o sorriso não chegava aos olhos.

Letícia falava como se estivesse tudo bem, mas o humor dela claramente não tinha voltado ao normal.

Quando Beatriz estava prestes a perguntar mais alguma coisa, Letícia simplesmente a puxou de volta para o salão, mudando de assunto à força.

Enquanto isso, do lado de fora do evento, dez seguranças altos e robustos estavam alinhados em uma fileira.

Todos empunhavam bastões elétricos, postura rígida e olhar afiado, apontados diretamente para o homem parado ao lado de um Maybach.

Gabriel encarava o grupo. Ele sabia perfeitamente que eram homens enviados pelo Renato, mas ainda tentou argumentar uma última vez:

— Eu estou do lado de fora do salão. Nem cheguei a entrar no saguão. Tecnicamente isso não deveria estar dentro da área de vigilância de vocês, certo?

O segurança no centro respondeu com voz firme e oficial: