Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 179

— Ora ora, reservou o restaurante, mas diz que não quer me convidar? O Sr. Gabriel é mesmo um exemplo de quem diz uma coisa e faz outra. Bom… Por consideração, vou aceitar seu gesto. — Disse Eduardo com um sorriso gentil, olhando direto para o rosto irritado de Gabriel.

E então, com elegância e tranquilidade, virou-se e saiu primeiro da sala.

O gerente do Grupo Pereira ficou completamente sem reação. Como assim?

“Sr. Eduardo tem o temperamento mais... Generoso do mundo?”

Gabriel cerrou os punhos, encarando as costas de Eduardo com ódio no olhar. Aquele desgraçado parecia ter a língua banhada em veneno.

Enquanto isso, o gerente tentava puxar Gabriel com sutileza, trocando olhares e sinais discretos, numa tentativa desesperada de dizer: “Chefe, segura a onda. Os assuntos pessoais resolvemos em particular, não na frente dos parceiros.”

Já no caminho para o restaurante, Eduardo parecia até de bom humor. Lançou um olhar de canto para Gabriel, só pra cutucar:

— Esse seu olhar tá me perfurando, Sr. Gabriel. Só espero que não bote veneno na comida… — Disse ele, com leveza sarcástica.

— Hahaha! O Sr. Eduardo é mesmo uma figura. Imagina! Jamais faria isso. Pode comer tranquilo! — Disse o gerente, tentando rir e mediar.

— Se não te matar, que ao menos te faça perder a língua. — Murmurou Gabriel, com um tom gélido.

O gerente ficou sem palavras...

Embora o ar-condicionado estivesse no máximo, os funcionários dos dois lados começavam a suar. O clima era tenso, pesado. Todos sentiam que, a qualquer momento, os dois podiam sair no tapa.

Por precaução, e pensando no futuro das negociações, os funcionários mantiveram seus respectivos chefes afastados, posicionando-se no meio como barreira humana, evitando o contato direto das duas bombas-relógio.

O almoço foi, sem exagero, constrangedor.

Os dois presidentes não trocaram uma única palavra. O ambiente era quase fúnebre. O esforço para manter qualquer traço de normalidade ficou por conta dos gerentes das duas empresas, que tentavam, entre piadas forçadas e sorrisos amarelos, transformar a tensão em algo suportável.

Quando finalmente terminou o almoço, Gabriel saiu com o rosto fechado, fervendo por dentro. Nem pensou em descansar após a refeição. Chamou imediatamente outro gerente, de outro setor, e começou a discutir a aquisição da empresa Aurora Tecnologia.

Em pouco tempo, já haviam traçado um esboço de orçamento e etapas do processo. À tarde, Gabriel convocou uma reunião com os altos executivos.

A novidade: o Grupo Pereira iria iniciar uma incursão no setor de games.

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