Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 181

Ela digitou: [Onde você está?]

Gabriel respondeu enviando a localização. Quando Letícia viu o nome do condomínio, um frio percorreu sua espinha.

Aquele perseguidor tinha chegado até a porta do prédio? Será que foi hoje que ele as seguiu? Como pôde ter sido tão descuidada?

Ela lançou mais um olhar na direção oposta e, dessa vez, acabou cruzando o olhar com Beatriz.

— O que foi? — Perguntou Beatriz, notando a expressão tensa da amiga.

— Nada... É só meu irmão me enchendo. — Letícia respondeu com um sorriso forçado.

Beatriz assentiu com a cabeça, mas logo ouviu a amiga perguntar:

— A segurança aqui no condomínio é boa? Não entra qualquer um, né?

Beatriz achou que fosse preocupação do irmão de Letícia e respondeu com naturalidade:

— É ótima. Tem porteiro vinte e quatro horas e, sem alguém do condomínio acompanhando, não entra, não.

Letícia se sentiu aliviada ao ouvir isso. Olhou novamente a mensagem de Gabriel, onde ele pedia para ela descer com o cartão de acesso. Provavelmente tinha sido barrado na entrada.

Ela recusou o pedido e ainda mandou uma mensagem provocativa e sarcástica, deixando Gabriel furioso do outro lado.

— Ah, Letícia! Tá me provocando de propósito, né? — Rosnou ele para si mesmo, do lado de fora do condomínio.

O que Gabriel ainda não sabia era uma regra da vida. Às vezes, uma melhor amiga pode ser mais perigosa do que uma rival amorosa.

Ele lançou um olhar ao portão do prédio. Dois seguranças o observavam com atenção. Estava bem-vestido, mas seu comportamento era suspeito.

Momentos antes, quase conseguiu entrar. Recusou-se a fazer o cadastro e a ligar para a moradora, como solicitado.

— Boa tarde, consegui falar com minha amiga. — Gabriel se aproximou novamente e mostrou o número de Letícia.

— Qual o nome da moradora? — Perguntou o segurança.

— Beatriz. — Respondeu ele, sem hesitar.

— Pode ligar pra ela, por favor. Mas quem atende tem que ser a moradora, ok? — Disse o segurança, já preparado.

Gabriel discou o número e, tentando enrolar, fez menção de atender ele mesmo. O segurança estendeu a mão.

— Desculpa, senhor. Ou eu atendo, ou o senhor coloca no viva-voz. Precisamos confirmar que é mesmo a moradora.

Gabriel cerrou os dentes e ativou o viva-voz.

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