Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 192

— Ultimamente, o divórcio do Gabriel tem sido o assunto mais comentado entre os círculos da alta sociedade... E veja só. A esposa dele veio me procurar pra representá-la nesse processo. O mundo é pequeno mesmo, hein. Que interessante, que divertido. — Comentou o advogado, com um sorriso de quem mal escondia o entusiasmo.

O assistente, ao ver o tom e a expressão do chefe, já entendeu: a motivação dele nem era exatamente ganhar a causa... Era assistir ao drama de camarote. Por isso, decidiu não comentar mais nada.

Ele já havia conversado com colegas de outros escritórios. A Sra. Pereira procurou vários deles, mas todos recusaram. Ninguém queria arrumar problema com a poderosa família Pereira. O único disposto a aceitar o caso... Era seu chefe.

A verdade é que o chefe vinha de uma família influente, mas havia recusado seguir o caminho herdado. Preferiu abrir seu próprio escritório. Confrontar os Pereira? Ele certamente não teria medo.

— Esse processo nem deveria existir. A vitória é garantida, é só se sentar e esperar. — Ele jogou os documentos sobre a mesa, girando a cadeira com um ar despreocupado.

— O acordo de divórcio já foi assinado. E temos prova clara de traição durante o casamento. Nem precisei levantar nenhuma evidência. E ainda tem denúncia de agressão, a Srta. Beatriz guardou os laudos do hospital e até as tomografias.

O assistente olhou para o chefe, espantado. O herdeiro do Grupo Pereira... Com esse tipo de histórico? Traição, violência? Isso era nível de troglodita!

— Prepare os documentos. No sábado, tenho reunião com a Srta. Beatriz. — Ordenou o advogado.

O assistente assentiu e saiu da sala. O advogado, então, pegou o celular e fez uma ligação, com um brilho malicioso nos olhos.

— Oi, amigo! Peguei um caso de divórcio... Adivinha de quem?

O sorriso já antecipava a fofoca.

— Ah, você vive ocupado, né? Então eu vou direto ao ponto: é do seu futuro cunhadinho! — Disse, com um assobio debochado.

Naquele momento, no andar mais alto do Grupo Martins...

Eduardo trabalhava enquanto deixava o celular no viva-voz. Ao ouvir a provocação do amigo, franziu a testa:

— Como assim, meu futuro cunhado? A Letícia tá gostando de alguém? E esse alguém... É um homem divorciado?!

Justo nessa hora, a porta do escritório se abriu. Letícia entrou com uma pilha de documentos e, ao ouvir a última frase do irmão, explodiu:

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