Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 361

Beatriz respondeu:

— Essas duas coisas não têm nada a ver uma com a outra. Você só tá forçando uma conexão.

Letícia, por outro lado, trouxe mais provas:

— Então me explica por que, quando eu pedi pra você ir comprar roupa, durante a nossa conversa, o meu irmão ficou esperando no carro sem ir embora? Ele tava esperando a sua resposta!

Beatriz tentou argumentar:

— A gente tava conversando. O Sr. Eduardo não ia simplesmente sair andando. Isso seria falta de educação.

Mas Letícia não aceitou:

— Se ele realmente quisesse comprar algo pra mim, quando eu aceitei na hora, ele deveria ter saído do carro! Mas não. Ele ficou lá dentro, esperando. Ou seja, tava esperando por você.

Beatriz respirou fundo:

— Você entendeu tudo errado. Ele não tava esperando. Foram só alguns segundos, no máximo.

Mesmo com Beatriz rebatendo tudo, Letícia continuava firme na sua teoria. Colocou as mãos na cintura e falou, convicta:

— Meu irmão falou aquilo olhando pra você, sim. Eu tava no banco da frente, do outro lado do carro. Se fosse pra mim, ele teria virado a cabeça na minha direção.

Beatriz rebateu:

— Mas você tava vindo pra cá, não tava? Falar na direção da janela ajuda a voz a sair melhor. Ele falou pra você, sim.

Letícia ficou em silêncio por um momento.

“Ah, não dá! A Bia consegue enrolar demais! Aquilo era óbvio, um fato. E ela simplesmente não admitia!”

— Olha, não é que eu esteja com ciúmes nem nada. Só tô dizendo que meu irmão queria te dar um presente. —Insistiu Letícia.

Beatriz olhou para a amiga e respondeu com firmeza:

— Eu entendo. Mas o que eu tô tentando dizer é que o Sr. Eduardo não pensou nisso, não. Você que entendeu errado.

“Errada nada! Eu entendi tudo certo!”, pensou Letícia.

Como nenhuma das duas cedia e Beatriz seguia negando até o fim, Letícia decidiu apelar para o jeito mais direto possível: perguntar pro próprio Eduardo.

Enquanto ia andando, já foi puxando o celular do bolso. Beatriz, ao ver o nome salvo no contato, ficou tensa de repente.

Não era que ela acreditasse naquela teoria maluca da Letícia. Era outra coisa.

Ela conhecia bem o jeito de Eduardo.

“Mesmo que ele nunca tivesse pensado nisso, só pra me provocar, ele com certeza vai fingir que sim. Só pra tirar sarro, brincar comigo, perguntar coisas, me deixar sem jeito...”

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