Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 768

Mas Beatriz não se virou, tampouco reagiu. Pelo contrário, pensava apenas em como Gabriel estava quebrando a promessa que Henrique lhe havia imposto.

Seu semblante endureceu, ficando frio.

De repente, passos apressados soaram atrás dela. Beatriz agarrou a alça da bolsa com força, tensa.

Virou-se com o rosto fechado, pronta para repreender a aproximação.

Foi então que, pelo canto dos olhos, percebeu um carro vindo em alta velocidade, direto em sua direção.

Seus olhos se arregalaram em pavor. Estava tão perto que não havia tempo para reagir.

Em questão de um segundo, seria atropelada.

No instante decisivo, uma força poderosa a empurrou para o lado.

Beatriz caiu no chão e, logo depois, ouviu o estrondo seco:

“Pum!”

O carro havia atingido alguém.

Ao erguer os olhos, horrorizada, viu Gabriel estendido exatamente no ponto onde ela estivera segundos antes. O sangue escorria de sua testa.

Naquele momento, o rosto de Beatriz perdeu toda a cor. O coração disparou em pânico e medo. Por um breve instante, esqueceu todas as mágoas e feridas que Gabriel lhe causara.

— Gabriel... — Murmurou, trêmula.

Tentou se erguer às pressas, mas antes que conseguisse, o som dos pneus rangendo contra o asfalto ecoou ao redor.

Beatriz olhou por sobre o ombro e viu o carro preto girando o volante, pronto para avançar sobre ela novamente.

Desta vez, conseguiu ver com clareza o motorista.

Mas, ao mesmo tempo... Não conseguiu.

O olhar era gélido, carregado de intenção assassina. Porém o rosto estava coberto por uma pele falsa.

Um disfarce. Uma máscara realista.

O homem usava um capuz de silicone.

Depois de atingir Gabriel, manobrava agora para atropelá-la outra vez. E, naquele instante, Beatriz entendeu: o alvo sempre fora ela.

Completamente atônita, tentou se levantar, mas sabia que não teria tempo.

“Maldição! Eram os seguranças que protegiam aquela mulher nas sombras.”

Nesse instante, as portas do carro se abriram e, um a um, desceram homens corpulentos em uniforme, empunhando bastões elétricos. O criminoso rangeu os dentes e ligou o carro às pressas.

Por sorte, seu carro também havia sido reforçado. Caso contrário, um veículo comum já teria sido reduzido a sucata.

Hoje tinha falhado.

Não conseguira matar a mulher.

E agora ela estava cercada por seguranças, enquanto outros se aproximavam dele rapidamente.

Numa fração de segundo, tomou a decisão: engatou a ré e fugiu, ou seria capturado ali mesmo.

Ninguém esperava que, apesar da lataria amassada, o carro ainda funcionasse. O agressor avançou de novo, enlouquecido, fazendo os seguranças se dispersarem.

— Parem aquele carro! Não deixem escapar! Isso só pode ser um veículo modificado! — Gritou um dos homens.

Imediatamente, outro segurança pisou fundo no acelerador.

Na avenida, os dois carros dispararam em alta velocidade, lado a lado, num duelo feroz de perseguição.