Faltam 30 dias para eu ir embora — Sr. Gabriel perdeu o controle romance Capítulo 828

Mas havia algo que não saía da cabeça.

Se os seguranças enviados por Renato já estavam em movimento desde o início, significava que ele suspeitava que Vitória poderia tentar algo contra Beatriz?

Então por que não impediu a tempo?

As dúvidas continuavam a se acumular, e a testa do Sr. Henrique permanecia carregada de rugas. Nesse momento, o mordomo sugeriu:

— Sr. Henrique, o senhor deveria descansar. Eu acompanharei tudo de perto e, amanhã cedo, trarei o relatório completo.

— Depois de um acontecimento desses, como eu poderia pregar os olhos? — Suspirou Henrique. — Beatriz está sendo atendida. Já avisaram o hospital mais próximo? Não importa o esforço ou o custo, ela precisa sobreviver.

— Já tratamos disso, senhor. Nossos funcionários permanecem lá. — Respondeu o mordomo.

— E Gabriel? Sofreu algum ferimento? Quero que ele volte imediatamente para casa. — Perguntou Henrique.

— O Sr. Gabriel não sofreu nada. Ficou o tempo todo na cadeira de rodas, sempre vigiado de perto pelos seguranças. — Explicou o mordomo. — Mas agora ele também está no hospital, e duvido que volte tão cedo. O senhor sabe… Gabriel tem um apreço enorme pela Srta. Beatriz. Arriscou-se a ponto de quase quebrar duas costelas por ela.

Henrique ficou em silêncio por alguns instantes, respondendo apenas com um longo suspiro.

— Deixe estar… Contanto que Gabriel esteja bem.

Enquanto ele aguardava notícias do resgate, em outro ponto da cidade, diante da sala de emergência do hospital…

Gabriel havia chegado primeiro. Preso à cadeira de rodas, não desviava os olhos da luz vermelha acesa sobre a porta. O coração lhe batia apertado, tomado pela ansiedade e pelo medo.

Aquela cena era dolorosamente familiar. Ele já não sabia quantas vezes tinha esperado diante de uma sala de emergência. Tampouco conseguia contar quantas vezes Beatriz havia estado à beira da morte.

As mãos de Renato se fecharam em punho. Ele então virou lentamente a cabeça, lançando a ele um olhar sombrio:

— Devia agradecer por ter nascido em uma boa família. Do contrário, você e essa cadeira de rodas já teriam desaparecido do mapa.

Gabriel arregalou os olhos diante da ameaça e rebateu com fúria:

— Tá vendo? Você não queria só matar a Beatriz, queria me matar também! Só não tem coragem de encostar em mim e desconta tudo nela! E agora vem com essa história de salvador? Fez isso porque percebeu que o plano ia dar ruim e quis se limpar? Ou porque quer enganar a família Pereira, fazer eles acharem que você é um cara bom, que merece gratidão? Você não passa de um hipócrita, falso e covarde!

As palavras cortavam como facas, cada acusação mais venenosa que a anterior. Renato não aguentou mais. O corpo inteiro se retesou e ele se preparou para avançar, punho cerrado.

Atrás dele, seus seguranças o agarraram com força, temendo que ele realmente perdesse o controle. Todos sabiam do que o Sr. Renato era capaz. Um único soco poderia acabar com a vida de alguém na hora.

Do outro lado, os seguranças de Gabriel imediatamente se colocaram à frente dele, em posição defensiva.