Ficar ou correr? romance Capítulo 1239

Agora, só me restava tentar o meu melhor para garantir que meus sonhos não se tornassem realidade.

Pedro resmungou.

“

Fazer o melhor que puder?”

Ele estava claramente irritado. Olhei nos olhos dele e percebi que ele estava prestes a agir. Instintivamente, tentei escapar. Antes que eu pudesse sair, Pedro me puxou contra ele.

Quando voltei aos meus sentidos, me vi perdida no beijo apaixonado de Pedro. Sem fôlego, bati em sua mão algumas vezes para me soltar, mas o homem ignorou meus apelos silenciosos.

Sem opções, comecei a fazer alguns sons de protesto até que Pedro se cansou de mim e me soltou.

“Isso é o seu castigo por não fazer o seu melhor, entendeu?”

Minha respiração estava descontrolada enquanto o encarava furiosa.

Pedro me olhou achando graça. Nem parecia que ele tinha acabado de escalar as paredes para entrar discretamente.

De repente, uma sombra apareceu na fresta debaixo da porta. Alguém estava lá. Coloquei imediatamente a mão na coxa de Pedro, sinalizando para ele ficar quieto.

No entanto, a sombra percebeu algo errado e parou do lado de fora da minha porta. Ficou imóvel, provavelmente nos espionando.

Isso não era bom.

Além da cama e de uma mesa de café, não havia mais nada no quarto. Não havia lugar para Pedro se esconder no banheiro. Se a pessoa do lado de fora entrasse, Pedro seria descoberto na hora.

A única opção era Pedro sair agora.

Trocamos olhares. A expressão de Pedro era de preocupação enquanto ele se dirigia para a janela. Fui até a porta na ponta dos pés para bloquear a entrada, para, caso a pessoa entrasse, eu pudesse distraí-la.

A porta era o único obstáculo entre nós. Meu coração bateu forte na garganta enquanto olhava para a sombra pela fresta e vigiava Pedro.

Quando Pedro estava prestes a sair pela janela, a voz rouca de Marcos soou.

“

Letti, vamos conversar. Sei que continua acordada.”

Marcos?

Ele não havia se recusado a conversar comigo mais cedo? Por que mudou de ideia agora?

Dei um passo para trás e baixei a voz.

“

Você ainda acha que ele é o seu Papai Noel?”

A voz dele soou estranha.

“Você já percebeu que algo está errado com Marcos há algum tempo?”, perguntei.

Pedro não respondeu à minha pergunta. Em vez disso, foi até a janela e acendeu um cigarro. Ele deu uma tragada, aparentemente relutante em compartilhar isso comigo.

“Não vou perguntar se não quiser falar”, fui até ele e fechei a janela. Virei meu ombro e lembrei: “Fumar já é ruim para a saúde. Por que está inalando a fumaça passiva também?”

Pedro ficou surpreso com meu desabafo. Apagou o cigarro e jogou o que restava fora.

“Não vai fumar mais?”, fiquei surpresa. “Não precisa se preocupar em ser pego. Abro a janela e ventilo o quarto.”

“Não”, respondeu Pedro. Mudou de assunto abruptamente, perguntando: “Se você tivesse que escolher entre mim e nosso filho, quem você escolheria?”, ele parecia curioso.

Essa era a pior situação, então eu não esperava que Pedro me perguntasse isso. No começo, fiquei em silêncio, atônita. No entanto, ao ver como ele estava sério, não consegui evitar e caí na risada.

“Pedro, você sabe que está parecendo um homem com ciúmes no relacionamento? Você é ainda pior, porque tem ciúmes até do próprio filho.”