Ficar ou correr? romance Capítulo 1344

Eliana disse o que todos estávamos pensando:

“Você me traiu e agora está me pedindo para voltar a namorar você, com uma desculpa tão absurda como essa? E quer que eu perdoe um possível assassino? Quer que aquela mulher entregue o filho dela? E eu não tenho voz nenhuma nisso? Às vezes me pergunto se realmente namoramos o tempo suficiente, Hélio. Você não parece me entender nem um pouco. O que te faz achar que pode me dizer o que fazer?”

Nesse ponto, até Eliana achou que não adiantava mais falar com ele. Ela balançou a cabeça, expressando desdém.

“

Saia daqui. Antes que eu mude de ideia sobre poupá-lo.”

O rosto de Hélio ficou tenso enquanto ela o olhava fixamente. Mas aí ele lembrou de como Eliana ficava assustadora quando estava com raiva, então se levantou rapidamente.

“

Sou o pai do Xavier e nada pode mudar isso. Estou abaixando a cabeça aqui para todo mundo poder viver em paz, mas você queimou essa ponte, Eliana. Você vai receber o que merece.”

Eliana lançou-lhe um olhar fulminante.

“

Já terminou? Certo. Vai se f*der.”

Hélio franziu a testa, mas não podia dizer nada, então saiu furioso. Olhei para a direção dele e então percebi haver um carro esportivo nos portões.

“

Posso pegar um dos seus carros emprestados?”

“Achei que o Marcelo tivesse te trazido até aqui”, Eliana olhou para Marcelo com uma expressão estranha. “O que vocês estão aprontando?”

Peguei o mesmo elevador e desci até o subsolo. Então, fui direto para o lugar que havia ido na noite anterior, mas ninguém estava lá para me impedir. O corredor estava livre para eu explorar, então examinei o local. Minha primeira parada — o quarto onde o Pedro estava.

Escuridão. Nada além de escuridão. Procurei um interruptor, então o acionei. As luzes acenderam intensamente, mas o quarto estava vazio. Bem, então é isso.

Subi de volta, sentindo apenas um vazio interior. Tudo ao meu redor parecia etéreo quando saí. Eu não conseguia compreender o que havia acontecido. Não havia razão para que Júlio e os seguranças continuassem vigiando aquele quarto se ele estava vazio, e, se estava vazio, por que ele me derrubou?

Só havia uma possibilidade. Alguém tinha movido tudo no quarto para outro lugar. Marcelo estava agindo estranho naquela manhã também, então era plausível.Perdida em meus pensamentos, e

u não estava prestando atenção por onde estava indo. Eventualmente, acabei esbarrando em alguém.

“Ah, desculpe, desculpe”, me afastei para deixar a pessoa passar, mas ele me empurrou contra a parede, então olhei para cima.

No momento em que encontrei o olhar de Pedro, saltei para ele, dando-lhe o abraço mais apertado que consegui. Eu tinha medo de que ele fosse embora de novo se eu não o abraçasse.