Ficar ou correr? romance Capítulo 163

Sabia que ele estava surpreso, mas faria tudo ao meu alcance para resolver as mágoas entre ele e Jorge, e para retribuir a sua bondade para comigo. Pedro já estava na cozinha quando saí do banheiro. Ele me viu e notou que estava descalça. "O chão está frio, então, por favor, use chinelos!" , ele disse preocupado.

Opa! Estava tão focada em encontrá-lo, que me esqueci completamente. Depois de colocar um par de chinelos, entrei na cozinha para dar uma olhada no que ele estava cozinhando.

"O que você está fazendo?", perguntei, tentando descobrir o que estava por trás daquele cheiro rico e reconfortante.

"Sopa de galinha!”, ele respondeu com orgulho. Ele se aproximou de mim com seus olhos alegres e pediu: "Dê-me um beijo!"

Fiquei assustada e corei. "Você já decidiu quando vamos visitar o Jorge?" Tentei mudar de assunto.

Percebendo o que eu fazia, ele sorriu e brincou: "Eu vou te dizer depois que você me der um beijinho na bochecha!"

Dei-lhe um beijo leve na bochecha e olhei para ele: "Tudo bem, posso saber agora?"

Com um sorriso largo no rosto, ele se parecia com um bebê feliz, com as bochechas e orelhas coradas.

"Depois de amanhã!"

"Ótimo!"

Dormi surpreendentemente bem naquela noite. Quando acordei, Pedro já estava indo trabalhar. Fiquei na cama e pensei em ir até o apartamento buscar o meu celular. Era estranho ficar sem ele. Para minha surpresa, vi Márcia e a Sra. Espíndola conversando alegremente.

"Quando você chegou?" Eu as interrompi.

“Já estou aqui há algum tempo. Trouxe seu celular e a sua bolsa para você. Vamos tomar café da manhã e ir para o hotel, e depois vamos nos encontrar com o Leonardo!" Assenti com a cabeça em resposta já que o plano parecia ótimo.

Márcia era uma tagarela. Ela sempre tinha assuntos inesgotáveis para conversar. Houve um tempo em que ela ficava na cozinha com a Sra. Espíndola, e ambas falavam sobre comida e criação de filhos. Não me surpreenderia em nada, se elas continuassem a sua conversa por dias. Para minha sorte, a Sra. Espíndola teve que fazer compras depois do café da manhã, então consegui pegar Márcia para irmos até o hotel.

Vamos lá!

“Sua ajudante é tão experiente! Ela é a razão pela qual estou tentada a morar com você!", ela exclamou enquanto mastigava a salada de manga verde que ela trouxe da mansão.

Gargalhei. "Você é sempre bem-vinda!"

Sra. Espíndola era uma velha senhora que estava com a família há muitos anos. Por isso, ela era tratada como se fosse uma deles.

"Por que há tantos medicamentos no seu carro?”, Márcia exclamou enquanto abria o porta-luvas no banco da frente. "Hmm... a maioria deles são pílulas para ajudar na liberação de progesterona."

Ela olhou para mim e perguntou: “O médico não aconselhou limitar o consumo de pílulas durante a gravidez? Por que você está tomando tantos tipos diferentes, então?"

Parei o carro quando o sinal fiou vermelho e expliquei: “Fui ao hospital várias vezes, e foi isso que os médicos me prescreveram. Dr. Cruz prescreveu alguns medicamentos para ajudar com os meus enjoos, e estabilizar minha gravidez.

A expressão em seu rosto mudou quando mencionei João. "Ah", ela respondeu suavemente.

Olhei para ela e perguntei sem pensar: "Você planeja contar ao Dr. Cruz sobre o bebê?"

Apoiando a mão na cabeça ela explicou em um tom ligeiramente irritado: “O bebê é meu e não tem nada a ver com ele. Eu não sinto a necessidade de contar a ele sobre isso.” Não fiz mais perguntas e estacionei o carro na garagem.

Já eram onze horas da manhã “Devemos levar o café da manhã para O Leonardo? Ele provavelmente ainda não acordou.”

“Ele provavelmente teria pedido serviço de quarto. Vamos nessa!" Ela me puxou para o elevador e comentou: “Aquele dorminhoco deve estar no último sonho. “Batemos na porta do quarto várias vezes, mas não houve resposta. Márcia bateu mais uma vez enquanto dizia: "Eu sabia!"

Quando eu estava prestes a ligar para ele, Leonardo abriu a porta.

"Por que vocês chegaram tão cedo?" ele perguntou com os olhos meio fechados.

“Cara, já é meio-dia! O que você fez ontem a noite? Até os porcos já estão com fome a essa hora.” Márcia revirou os olhos e estava prestes a entrar em seu quarto.

"Espera!" Leonardo parou.

"Por que?" Márcia e eu ficamos assustadas. Márcia examinou o quarto, apertou os olhos e adivinhou: "Você não está sozinho?"

"Não, claro que não!", ele exclamou com uma leve culpa na voz. “Este é um quarto de homens! Tem coisas aqui que vocês não podem ver."

Márcia ficou sem palavras. “A gente te conhece tão bem, que sabemos até o tamanho da sua cueca. O que mais poderia nos surpreender?" Admirava a perspicácia da Márcia.

"Quem está aí?" Ouvimos alguém dizer. Ficamos boquiabertas.

Olhamos uma para a outra e exclamamos em uníssono: "É um cara?"

"Leonardo, você dormiu com um cara? Meu Deus..." Macy deixou escapar. A voz parecia familiar. Fiquei chocada, enquanto Leonardo enrubesceu.. Márcia e eu entramos no quarto.

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