Ficar ou correr? romance Capítulo 175

Com um suspiro de alívio, me deitei e me preparei para dormir.

Na manhã seguinte. Acordei mais cedo do que de costume. Pedro ainda não havia acordado e dormia profundamente. E mesmo assim, a sua postura enquanto dormia era agradável aos olhos. Seu cabelo preto e curto revelavam as suas feições clássicas, perfeitamente definidas. Foi a primeira vez que olhei para o rosto dele com tanta atenção. Seus cílios eram longos, seus lábios estavam bem fechados, seu rosto com uma expressão séria. Como se ele estivesse em alerta constante. Ouvi dizer que as pessoas que dormem assim são persistentes e determinadas. E Pedro se encaixava nessa descrição. Seu peito e seus ombros eram largos e sua cintura estreita. E suas pernas eram fortes e delgadas. Mesmo dormindo, ele parecia extremamente vigilante. De repente, ele abriu seus olhos negros, sem um traço de sonolência e olhou diretamente para mim. Quando nossos olhos se encontraram, fiquei surpresa por um momento, mas rapidamente me recompus. Depois de um tempo, seu corpo tenso relaxou. Seus olhos se estreitaram e ele estendeu a mão.

“Venha aqui.”

Desviei o olhar, sem o menor constrangimento, após ser pega olhando para ele enquanto dormia. “Durma mais um pouco. Vou descer."

Sra. Espíndola deve ter se levantado cedo e ido ao mercado. A caixa de frutas que Marcelo trouxera ainda estava no pátio e era grande demais para eu carregá-la sozinha. Decidi que poderia colocar as frutas em um prato e trazer algumas comigo. Marcelo estava certo. Eram todas frutas de Passo Largo. Os tomates não eram muito grandes, mas eram gostosos. As mangas verdes também estavam ótimas. Quando eu era criança, sempre gostei de comer manga com sal. Tinha um sabor maravilhoso. Ele mandou muitas. Márcia sempre dizia estar com desejo de comê-las, então lavei algumas e coloquei-as em uma sacola para ela. Após verificar a hora, enviei uma mensagem para ela. Como ela ainda estava no hospital, deixaria as frutas com ela mais tarde. Ouvindo um barulho vindo da escada, me virei e vi que era Pedro, vestindo seu pijama cinza. Ele era alto e magro e era bonito até de pijama.

"Por que não dorme até mais tarde?" Ainda é cedo e ele não tem nada para fazer.

"Não consigo dormir." Os olhos de Pedro pareciam frios, mas havia um ar cativante nele. Com certeza, ele olhou para mim por um longo tempo e disse suavemente: “Estou inquieto."

Apenas fiquei parada. Larguei meu celular e disse a ele claramente:

“Mais tarde, irei ao hospital ver a Márcia."

"Scarlett!" Ele me abraçou por trás e sua voz estava rouca. "Os gatos tendem a ficar irritados e mal-humorados quando se sentem inquietos. Os seres humanos também são assim, e já tem um tempo que não fazemos nada.” Percebi o desejo reprimido me sua voz. “Que tal irmos até o banheiro? Hein?"

Eu não disse nada. Não importa o quão bem-vestido e sério um homem fosse, ele perderia o controle sempre que ficasse excitado. Como quem cala consente, ele não se conteve mais. Suas mãos se moveram em volta da minha cintura, explorando meu corpo de cima a baixo.

"Pedro, estamos na sala de estar!" Se ele continuasse e a Sra. Espíndola nos visse ali, seria tão embaraçoso.

"Vamos ao banheiro!" Enquanto ele falava, ele me pegou no colo e entrou no banheiro. Então, ele ligou o chuveiro antes de me colocar na beira da banheira. Ele colocou os braços em volta da minha cintura, abaixando a cabeça para olhar para mim.

"Pedro, não..." Falei sem me sentir surpresa.

Sua voz era baixa e sedutora enquanto ele segurava minhas mãos, e nossos dedos se entrelaçavam... Nós ficamos em silêncio. Após ficarmos na banheira por quase uma hora, fiquei imóvel em seus braços. Ele me lavou e me vestiu com uma roupa que ele escolheu. Ele me levou de volta para a sala de estar e me colocou no sofá antes de ir tomar um banho.

Finalmente entendo bem o ditado: um lobo faminto tem que ser alimentado.

Marcelo me ligou várias vezes. Enquanto Pedro estava no banho, atendi a ligação, me sentindo bastante cansada.