Ficar ou correr? romance Capítulo 19

Sarah trabalhava comigo há cerca de dois anos, e ela sabia muito bem das coisas que aconteciam entre Pedro e eu. Franzindo as sobrancelhas, ela disse: "Se você concordar com o divórcio, sabe que o falecido Sr. de Carvalho ficaria desapontado com sua decisão, né?

“Além disso, se você concordar com isso agora, as ações que ele havia transferido para você pertencerão ao Sr. De Carvalho. Sra. Machado, as chances estão contra você, caso tome essa decisão."

Estava bem ciente quanto as suas preocupações. Depois de ver a hora, notei que já era muito tarde. Por isso, não liguei em explicar mais nada e disse: “Eu tenho meus próprios planos. Por favor, traga-me os documentos. Preciso sair daqui a pouco."

Sarah saiu do escritório quando percebeu que eu não lhe dei ouvidos.

Organizei minhas coisas e encontrei as chaves do carro. Graças à eficiência de Sarah, tive que esperar na escada por um curto período de tempo antes que ela buscasse as coisas que eu pedi.

Ela ainda não tinha desistido de me convencer a desistir do divórcio. "Sra. Machado, não é sensato assinar os papéis do divórcio agora. Você..."

"Já chega! " Eu a interrompi antes que ela pudesse terminar a frase. Depois de entrar no elevador, olhei nos olhos dela e disse: “Não se preocupe comigo e concentre-se no seu trabalho. Eu sei o que fazer."

Ela abriu a boca, para dizer mais alguma coisa, mas a porta do elevador já havia fechado.

Liguei meu carro depois que cheguei ao estacionamento e fui direto para o local onde João e eu havíamos combinado de nos encontrar.

Vitrine do Sul era um restaurante onde as mais ricas e poderosas frequentavam, apesar de sua localização obscura. Os pratos eram requintados.

Já que eu fizera uma reserva antes de ir, fui direto para minha mesa depois de chegar no restaurante. No entanto, fiquei surpresa ao ver que João havia chegado antes do horário combinado.

Ele estava vestido de forma bastante casual, exibindo um comportamento elegante enquanto se sentava perto da janela. Ele batia os dedos esbeltos contra a mesa de uma maneira despreocupada.

"Desculpe pelo atraso!”, disse enquanto me sentava bem em frente a ele e chamava o garçom para anotar meu pedido.

Ele eram farinha do mesmo saco. Naturalmente, as pessoas ao redor de Pedro não seriam tão fáceis de manipular.

Não duvidei de suas palavras, nem refleti sobre seu tom de voz. Ao perceber que ele não estava fugindo do assunto, eu retribuí o favor, perguntando-lhe diretamente. "Se algo acontecer e eu precisar de sua ajuda, acredito que você me ajudaria?"

Ele ergueu uma sobrancelha e recostou-se em seu assento. "De que tipo de ajuda estamos falando aqui?"

"Conseguir um remédio para mulheres que estão se recuperando de um aborto espontâneo."

Ele franziu a testa ao ouvir meu pedido. "Só isso?"

Assenti com a cabeça. “Bem, você tem uma boa reputação. Então, isso é um sim ou não para o remédio?”