Ficar ou correr? romance Capítulo 190

No final, coloquei um par de sapatilhas e desci as escadas. Ao perceber que eu estava prestes a sair, Maria gritou:

"Sra. de Carvalho, você vai sair? Não, você não pode! O Sr. de Carvalho deixou ordens específicas para não a deixar sair da mansão sozinha. Dê-me só um momento e eu vou com você!" Em seguida, ela se limpou apressadamente na cozinha.

“Não há necessidade. Não vou longe. Provavelmente vou dar uma volta pelo bairro.” falei.

Dra. Pascoal, que tinha vindo para me examinar, sugeriu: "Por que não me deixa ir com você?"

Maria fez uma pausa e disse hesitante: "Pode ser?"

Aquela pergunta foi claramente dirigida a mim. Assenti com a cabeça. "Claro."

A minha barriga está enorme, então ter alguém comigo é provavelmente uma boa ideia.

Depois de sair da mansão com a Dra. Pascoal, não pegamos o carro. Em vez disso, fizemos um passeio tranquilo pelo bairro. Ela olhou para mim e comentou:

"Posso ver que nós somos parecidas, você não parece estar muito acostumada com o estilo de vida acelerado das cidades grandes, hein?"

Assenti. “Enquanto a Cidade de Augusta é considerada um lugar bastante desenvolvida, o estilo de vida não é tão acelerado quanto o de Nova Itália.”

“Sabe, nos primeiros dias depois que cheguei aqui, reservei um tempo para passear e explorar a vizinhança. Eu me deparei com uma cafeteria singular e tranquilo que vende sobremesas deliciosas. É um bom lugar para ouvir os boatos e fofocas das muitas famílias influentes aqui em Nova Itália. Quer ir até lá?"

“Claro!” De qualquer maneira, estava entediada.

Pensei que o estabelecimento era muito longe. Para minha surpresa, ficava ao lado do bairro onde a mansão estava. O lugar era uma mansão que havia sido convertida em um cafeteria. A atmosfera interior era realmente muito pacífica e tranquila.

"O que você acha? Nada mal, né?" Ela me perguntou. Balancei a cabeça concordando, sentindo-me mais tranquila devido à calma atmosfera. Enquanto ela estava ocupada conversando com o garçom, aproveitei a oportunidade para apreciar o ambiente. “A vista no segundo andar é incrível. Vamos lá!" Ela pediu algumas sobremesas e pegou o número da nossa mesa. Então, ela me levou até o segundo andar. Subindo uma escada caracol de madeira, ela procurou uma mesa vazia para nós. Alguns segundos depois, ela voltou e puxou meu braço. “Ei, hum, vamos para o primeiro andar. Não há mesas vazias para nós.”

Fiquei perplexa com as suas palavras, pois podia ver claramente várias mesas vazias e espalhadas. Por que ela...? Foi então que meu olhar pousou em um casal sentado perto da janela. Por um momento, fiquei atônita. Então, o motivo pelo qual o Pedro não voltou depois de tanto tempo era porque ele estava tomando chá com a Rebeca!

"Sra. de Carvalho, vamos descer?" Dra. Pascoal perguntou nervosamente.

Nossa mesa também não estava exatamente escondida em um canto. Se Pedro levantasse a cabeça, ele me veria imediatamente. Gostaria de saber do que eles estão falando. A julgar pela expressão dura no rosto de Rebeca, concluí que a conversa não estava indo a seu favor. Provavelmente com sede depois de falar muito, Pedro levantou seu copo de água e tomou um gole. Foi então que seus olhos se fixaram nos meus. Em um instante, suas sobrancelhas vincaram profundamente, antes que ele abaixasse o copo. Ele pareceu alarmado ao me ver. Dei-lhe um sorriso sem graça. Naquele momento, o garçom apareceu com nossas sobremesas, então virei a cara para ele. Abaixando a cabeça, concentrei-me nas sobremesas. Depois de dar algumas mordidas, sorri para a médica.

“Não será preciso irmos até lá. O Sr. de Carvalho está vindo aqui."

No momento exato, Pedro parou ao lado da nossa mesa. Ele me repreendeu com a cara fechada: “Você acabou de sair do hospital. Por que já está correndo para cima e para baixo?"

Apoiei meu queixo em uma mão e olhei para Rebeca. Sua expressão era incrivelmente raivosa. Pergunto-me sobre o que eles falaram que a deixou tão furiosa. Claro, era possível que ela simplesmente não quisesse que Pedro percebesse que eu estava lá.

"Não tem medo de que ela fique brava por você ter vindo até aqui?" Fixei meu olhar nele antes de estreitar os olhos.

Ele fechou a cara e retrucou desgostoso: "Scarlett!"

Seu tom me fez com que eu me endireitasse em meu assento enquanto um incômodo crescia dentro de mim. “Você não precisa falar tão alto. Posso ouvi-lo muito bem." Olhando para as sobremesas na mesa, percebi que meu apetite havia me deixado.

Que pena.

Lancei um olhar arrependido para Dra. Pascoal. "Receio que suas boas intenções tenham sido em vão. Realmente não estou mais com vontade de comer. Talvez devêssemos trazê-los de volta para casa?"