Ficar ou correr? romance Capítulo 209

Márcia não tinha certeza se João se apaixonara por ela. Portanto, ela estava relutante em contar a ele sobre o bebê, pois não queria que ele se comprometesse por causa disso. Verdade seja dita, até o próprio João provavelmente ainda estava incerto quanto aos seus sentimentos por Márcia.

O carro de Pedro estava se aproximando, e nos despedimos um do outro.

"Falo com você outro dia. Preciso ir agora!"

Dando apenas alguns passos em direção ao carro, a voz de João soou atrás de mim novamente:

"Encontre uma pessoa confiável para estar ao seu lado quando você der à luz ao bebê!"

"Está bem!" eu parei por um momento, achando estranho o seu pedido. Bem, eu não tenho uma sogra. A menos que eu sofra de complicações no parto, tenho que escolher entre salvar a mim mesma ou o bebê? Depois que entrei no carro, me sentei desajeitadamente e me recostei no banco, sentindo-me cansada. "Quando cuidaremos do parto?"

Márcia iria dar à luz em dois meses. Eu estava preocupada com ela, uma vez que ela estava sozinha, e os cuidados de saúde por lá eram limitados.

“O que houve?" Pedro perguntou após ligar o carro, me encarando.

"Nada! Vamos visitar a Márcia quando todos estiverem livres. Eu não a vejo há algum tempo."

"Você deve ter sofrido nesses últimos meses." Ele concordou e suspirou, tocando minha barriga.

Fiquei em silêncio e me senti confusa. O aniversário de Rebeca estava chegando. Olhei para Pedro e perguntei:

“Você vai comemorar o aniversário de Rebeca?”

Conhecendo Rebeca, ela definitivamente os convidaria para uma festa. Para minha surpresa, ele balançou a cabeça e respondeu:

“O bebê vai nascer em breve. Eu não deveria sair."

“A data exata do parto ainda não foi confirmada. Além disso, há um médico e empregadas em casa. Está com medo de quê?" Não contive a minha risada em resposta.

"Eles não são seu marido!" Ele respondeu olhando para mim. Eu comecei a rir e parei de falar.

Olhando para a paisagem ao longo da estrada, as palavras de Carmen vieram à minha mente e me deixaram inquieta. Embora aqueles dias parecessem calmos, senti como se ameaças se escondessem no escuro, agachadas e esperando o tempo certo para realizar seu ataque final. Carmen faria o que fosse preciso para que o noivado entre Pedro e Rebeca acontecesse. Embora Rebeca fosse arrogante, ela não ousaria passar do limite. Mas Carmen era diferente. Ela era uma magnata que chegou topo por esforço próprio e era definitivamente uma inimiga preocupante. Pedro notou minha inquietação, mas descartou suas preocupações, pensando que eu estava apenas cansada. Assim, no momento em que chegamos à mansão, Pedro imediatamente me levou para o quarto. Eu fingi estar dormindo em seus braços, já que eu não estava com vontade de conversar. Esperei até que um silêncio absoluto reinasse no quarto antes de abrir os olhos. Então liguei para Leonardo e ele atendeu depois de alguns segundos.

"Eu sei! Vocês duas são estranhas, uma se escondendo na montanha e o outra se sentindo insegura mesmo com o marido do lado." Leonardo disso suspirando.

Parei de falar quando ouvi os passos repentinos no corredor.

"Falo com você outro dia. Descanse!" Falei baixinho e prontamente encerrei a ligação.

Dois dias se passaram.

Embora Pedro estivesse ocupado, ele jantava comigo todos os dias. Havia me acostumado a esperar por ele no pátio na hora do jantar. Era outono e a brisa da noite era fresca. As árvores derramaram suas folhas e cobriram o quintal com folhas marrom-avermelhadas. Algumas plantas tinham secado devido ao frio. Pedro prometera conseguir algumas plantas novas para deixar o pátio mais animado assim que tivesse um tempo livre.

"Senhora, o telefone!" Maria entregou o telefone para mim.

Era Marcelo.

"Feliz aniversário, Letti!" Ele estava sorrindo e me desejou parabéns com um tom suave.