Ficar ou correr? romance Capítulo 21

Ele soltou minha mão, sem fazer força. No entanto, sentia uma dor intensa que se estendia do meu queixo até o meu coração.

Até meus dedos dos pés se contorciam de dor.

Ainda não havia me recuperado depois de ter ficado embaixo da chuva. O confronto repentino, e ele me soltando repentinamente, fez com que caísse em seus braços.

Seus braços fortes, devido há anos de treinamento físico me mantiveram firme. Podia sentir claramente seus músculos flexionando quando me debrucei sobre ele. Eu estava exausta, e não queria brigar com ele. Fechei meus olhos.

“Bem, alguém colocou as asinhas de fora. Você até sabe se fingir de morta agora!” Sua voz debochada penetrou meus ouvidos. A raiva em seu tom ainda era palpável.

Ele bateu em minhas bochechas repetidamente, e não foi nada gentil. Contudo, não me sentia bem e mantive meus olhos fechados.

Talvez ele se arrependera de suas ações, e me levou de volta para o quarto depois de perceber que eu não estava reagindo.

Depois de me colocar na cama, não percebi movimento algum.

Pensei que ele simplesmente não conseguia se importar comigo. No entanto, depois de algum tempo eu o ouvi ligar para João. Ele parecia pedir a João que viesse dar uma olhada em mim.

Então, ele não era tão cruel assim.

Depois de cerca de dez minutos, adormeci devido ao cansaço. Ainda atordoada, ouvi João dizer:

"Pedro, é melhor você pensar em como quer lidar com o bebê."

"Está ficando tarde. É melhor você voltar e descansar um pouco." Pedro parecia estar bastante exasperado.

Às vezes sentia pena do João. Afinal, ele era um médico renomado. Como ele realmente se sentia por estar à disposição de Pedro?

Eu estava moída, depois de correr o dia todo, então caí num sono profundo.

No meio da noite, pude sentir alguém me abraçando. Tentei abrir os olhos, mas sem sucesso. Eu estava tão cansada.

No dia seguinte.

Depois que acordei, Pedro não estava mais na mansão. Não era preciso ser um gênio para adivinhar que ele tinha ido visitar Rebeca.

Havia marcado uma consulta com Calebe no dia anterior e fui direto para o hospital depois de lavar a louça.

"Scarlett, você realmente não tem coração." Ele se virou e saiu logo em seguida.

Aquela era a melhor maneira de as coisas terminarem. Suspirei enquanto observava sua silhueta se afastando de mim.

"Você não tem medo de o Sr. de Carvalho te odiar por isso?" Uma voz profunda veio da porta. Era Calebe. Ele trazia meu histórico médico em suas mãos, verificando o meu estado. “Quero dizer, ele é o pai da criança afinal de contas. Você pode enganá-lo uma vez, mas não pode enganá-lo para sempre. Não há segredo, que cedo ou tarde, não seja descoberto.”

Eu sorri e me sentei na cama do hospital. Pegando meu histórico médico de sua mão, olhei de relance para minhas informações. Tudo parecia estar bem para mim. "Nunca mais da próxima vez. Obrigada por manter as aparências por mim."

Preparava-me para sair da cama depois de guardar meu histórico médico. No entanto, fui parada por Calebe. “Por que você não mantém sua história condizente? Quando você já viu uma mulher se levantar e sair normalmente, nem meia hora depois de ter um aborto?

Bem, ele estava certo.

Deitei-me na cama e disse: “Bem, Pedro é uma pessoa cuidadosa e provavelmente enviará alguém para verificar meu histórico, e também para ficar de olho em mim. Eu agradeceria sua ajuda então, Dr. Linhares."

Seu rosto enrugado se curvou em um sorriso. Desesperançoso, ele disse: “A juventude de hoje. Por que vocês têm que inventar esse tipo de coisa? Mas já que aceitei ajudá-la, vou garantir que o resto da história bata."

Balancei a cabeça em aprovação e agradeci. "Acredito que você vai pensar em algo para Marta também." Era melhor não deixar muitas pessoas saberem a verdade.