Ficar ou correr? romance Capítulo 244

Afinal, ela era a princesa preciosa de todos.

Ela franziu os lábios enquanto suas feições se contorciam de rancor. O tom em que ela falou comigo foi especialmente desagradável.

"Pensei que você odiava o Pê? Por que você voltou?"

“Não importa o quanto eu o odeie, ainda somos legalmente casados. Além disso, tenho direito a metade desta casa. Se eu não voltasse, não seria um ato de rendição?", respondi sorrindo.

Os lábios dela se curvaram em um sorriso desdenhoso.

“Ah, pare de fingimentos. Não estou interessada em brigar com você por dinheiro.”

Levantei minhas sobrancelhas.

"Acho difícil de acreditar nisso. Afinal, você está atrás do meu marido."

Diante de seu olhar venenoso, me virei e fui em direção ao pátio antes que ela pudesse dizer algo desagradável e acabar ainda mais com meu humor. Percebendo que já era inverno em Nova Itália, suspirei pensando em como o tempo voava. Talvez Pedro tivesse ouvido nossas vozes lá fora. Pouco tempo depois, ele saiu. Ao ver Rebeca, ele franziu a testa pressionando seus lábios

"O que está fazendo aqui?"

Olhando para seu amante, um sorriso suave substituiu a expressão irritada no rosto de Rebeca.

"Pê, ouvi meu pai dizer que você vai para uma cidade aqui perto mês que vem para discutir o projeto de desenvolvimento, então ele me pediu para lhe entregar o contrato de colaboração para você."

Então, ela olhou para sua babá, que em seguida pegou uma pasta e entregou-a para Pedro de maneira cordial.

"Pfft!”, Não consegui conter minha risada e acabei atraindo seus olhares para mim.

Pedro franziu os lábios enquanto falava com autoridade: "Está frio. Entre e vista um casaco.”

Rebeca me lançou um olhar cortante e cerrou os dentes com raiva. Ignorei-a e fui até Pedro, segurando seu braço para reclamar:

“Você foi muito brusco antes, então realmente não estou com vontade de andar. Pode pegar o casaco para mim?"

Para ser mais enfática, deliberadamente virei a cabeça de lado, revelando a marca de mordida no meu pescoço. Minha pele era delicada, então ele sempre deixava uma marca, não importava onde me mordesse. Percebendo a expressão cada vez mais irritada de Rebeca, lancei um sorriso incrivelmente doce para Pedro.

"Por favor?"

Pedro não era bobo, então ele facilmente percebeu o que eu estava fazendo. Uma expressão indiscernível surgiu no rosto dele antes que ele olhasse para Rebeca.

"Peça ao seu pai que me procure na empresa para assuntos como esse no futuro. Você não precisava vir até aqui."

“O tempo está frio. Vá para casa mais cedo.”, ele acrescentou após uma breve pausa.

“Sobre o que vou me gabar, Srta. Lopes? É verdade, eu falhei em proteger meu filho, mas por que não vemos se você consegue?"

Seus olhos se arregalaram, aparentemente percebendo naquele momento que ela estava ao lado do lago. Dei alguns passos em direção a ela e agarrei seu braço antes de puxá-la até a beira da lagoa. Forçando-a a olhar para a superfície imóvel da água, eu disse:

“Você não se afogará mesmo se cair. Você só vai sofrer um pouco. Por que não pula e veja se é capaz de proteger seu bebê?”

"Você...", ela gritou. "Se tocar num fio de cabelo meu, meu pai vai acabar com você!"

"Vamos tentar?" Sorri levemente e tive o desejo de revirar os olhos quando ela estremeceu.

"Não se atreva!" Ela levantou a voz. "Meu pai nunca vai deixar você se safar se me empurrar!"

Sentia-me entediada ouvindo-a falar sem parar sobre seu pai tentando me intimidar, então casualmente a empurrei de leve diretamente na lagoa. Ela gritou de medo e instintivamente me empurrou.

Splash! Puta merda.

A água durante as estações mais frias era realmente congelante. Depois de me debater na água por um tempo, fui abruptamente retirada da lagoa. Enquanto o ar frio beijava minha pele, eu tremia violentamente. Pedro enrolou o casaco que havia trazido em volta dos meus ombros antes de se virar para a Sra. Espíndola, que o seguiu ansiosamente e ordenou:

"Ligue para o Dr. Cruz agora."

Sra. Espíndola assentiu profusamente digitando o número.