Ficar ou correr? romance Capítulo 272

"Ele começou a se machucar quando percebeu que os policiais estavam por perto", falei.

"Ele já te conhecia antes disso?"

Franzi as sobrancelhas ao ouvir sua pergunta porque ele havia levantado o tópico que eu mais queria evitar. Alguns segundos depois, contei-lhe a verdade:

“Rebeca o contratou para me sequestrar."

"Quando?"

“Assim que assumi a Crédito AC e a HiTech...”

Pedro franziu o cenho mais uma vez. Ele repreendeu minha declaração com um olhar determinado:

“É impossível... Rebeca não poderia ser a única por trás disso..."

Eu ri da resposta dele, mas no fundo, me senti deprimida.

"Sei que Rebeca ainda ocupa um lugar especial no seu coração..."

"Seria impossível, porque ela tinha acabado de se reunir à família naquela época", declarou, com uma expressão séria no rosto.

"Aha! Você tem razão porque não acho que ela seja capaz de executar um plano tão complicado! Para começar, ela nunca foi uma mulher inteligente!” Não tinha a intenção de refutar sua declaração.

"Scarlett!"

No começo, pensei que ele estava lá porque estava preocupado comigo. No entanto, parecia ter entendido mal suas intenções, ele estava lá para me interrogar. Como estava com sono, bocejei e disse:

“Sr. de Carvalho, está na hora de ir, preciso dormir."

Contudo, ele não dava sinais de que iria embora, já que se recostou na cadeira enquanto me encarava com indiferença. Sua presença intimidou a enfermeira que havia passado para trocar o soro. Ela não parava de tremer de medo porque achava que tinha feito algo errado e o tinha ofendido. Depois que ela trocou o soro, suspirou aliviada e saiu da enfermaria imediatamente. Entretanto, depois de dar alguns passos, ela se virou e gaguejou:

“S-Senhor, tem que aplicar a pomada que foi prescrita pelo médico n-no pescoço da Sra. Machado. Acredito que a pomada esteja com ela."

Assim que a enfermeira partiu, ele olhou para mim e perguntou insensivelmente:

"Onde está a pomada?"

"Posso me cuidar sozinha! Volte para casa!"

Como de costume fechei a cara, pois já estava cansada dele. Ele se levantou, ignorando as minhas palavras, procurando pela pomada. Depois que a encontrou na mesa de cabeceira, colocou um pouco nas mãos.

"Posso fazer isso sozinha!"

Quando ele se aproximou de mim, me afastei, pois não queria que ele me tocasse. Falei em vão. Tão logo terminei de falar, pude sentir suas mãos no meu pescoço. Contraí os lábios e deixei que ele passasse a pomada. Franzi a testa, sentindo minha pele formigar, e tentei me afastar dele, devido aquela sensação desagradável.

"Está doendo?"

Ele começou a soprar meu pescoço para aliviar a dor que eu sentia.

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