Ficar ou correr? romance Capítulo 317

Então, terei que esperar uma década para entender como ela pensa?

Eu sorri. “Se for sobre a família Vasconcelos, já adianto que não posso fazer nada. Luiz pode ser meu padrinho, mas não tenho como interferir, afinal, foi o Sr. Barroso quem teve a ideia da investigação. Você não precisa entrar em pânico se a morte deles não tiver nada a ver contigo. Apenas fique quieta por enquanto e você voltará a ser a presidente daquela empresa.”

Ela estreitou os olhos e sua expressão murchou. “Então isso é um não?”

Dei de ombros. “Tenho minha própria maneira de lidar com Carmen, mas obrigada pela oferta, Sra. Carvalho.”

Com isso, fui para o quarto. Suzana, porém, me seguiu.

“Não saia assim tão depressa, Scarlet. Sei que você tem seus métodos, e minhas informações sobre Carmen não são tão úteis. Mas pense nisso: se Rebeca continuar se metendo entre você e Pedro, o que acontecerá com seu casamento?”

Parei no meio do caminho e me virei para ela. “Então, suponho que você irá arruinar meu casamento usando essa mulher?”

Suzana franziu os lábios, parecendo chateada. “Não há necessidade de sermos inimigas. Você está subestimando a ajuda que posso lhe dar.”

Tive vontade de rir, mas me segurei. “Sra. Carvalho, o máximo que posso fazer é ficar fora do seu caminho, e peço que fique fora do meu. Não posso te ajudar e sei que posso cuidar bem dos meus próprios negócios. Continuemos assim.”

Minha barriga latejava quando entrei no quarto. Isso estava me deixando desconfortável, então fui ao banheiro e descobri que havia descido para mim.

Desde o aborto, havia sangue negro. Mas, dessa vez, minha menstruação parecia normal.

Graças a Deus, pelo menos alguma coisa boa.

Eu estava sentada no sofá do quarto assistindo TV quando Pedro chegou. Como senti frio, me enrolei com um cobertor.

Seu cabelo estava molhado e ele segurava um ramo de flores.

Quando me viu mexer no celular, ele se aproximou. “Por que continua acordada? Estava esperando por mim?”

Eu me sentei.

A letargia estava me alcançando, e minha cintura estava dolorida. “Sim”, disse, calmamente.

Pedro colocou as flores no vaso e acariciou meu rosto com suas mãos geladas.

“Então você realmente estava esperando por mim?” Ele me puxou para um abraço. Eu podia sentir sua barba espinhosa roçar em meus ombros.

Olhei para as flores que ele comprou. Eram tão bonitas, que dava para imaginar o preço que custou.

Pedro as entregou e sorriu. “Veja se cheiram bem.”

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