“Saia!”, ele ordenou rudemente.
A sua jaqueta preta o fazia parecer mais distante do que o normal, e os seus olhos escuros, que raramente revelavam as suas emoções, também estavam gelados.
Abri a boca, mas não consegui pronunciar nenhuma palavra. Depois, olhei para o computador e, suprimindo a minha mágoa, disse: “Não sei por que você fica tão bravo comigo por causa de uma pessoa morta. Se você realmente acha que sou tão inconstante e caprichosa, podemos pedir o divórcio. Os relacionamentos sempre acabam de uma forma ou de outra! E cada um segue a sua vida! Alguns vivem e outros morrem. Não o culpo de nada e não vou ficar ressentida.”
Há coisas que devem ser abandonadas se não estão mais agradando, especialmente quando se trata de relacionamentos... E morte. Entre os dois, eu escolheria sempre a separação em vez da morte. Assim, pelo menos, ambas as partes ainda viveriam.
Pude ver um brilho frio em seus olhos. Ele ergueu as mãos e, de uma só vez, empurrou o computador e algumas outras tralhas para fora da mesa, fazendo com que caíssem ao chão e se quebrassem em pedacinhos. “Divórcio?”, ele disse com um sorriso malicioso. “Scarlet, o que você acha deste casamento? Vê isso como uma troca ou um prazer momentâneo? Quero saber como consegue pronunciar a palavra ‘divórcio’ tão facilmente. Tem ensaiado isso recentemente? Hein?”
Recuei ao fazer contato visual com ele. Sentia o meu coração em frangalhos. “Foi você quem redigiu o acordo de divórcio e continuou me insinuando sobre essa possibilidade. Você pode negar o quanto quiser, mas não pode abrir mão de suas responsabilidades para com Rebeca. Eu me sinto culpada por Marcos, então... Não seria melhor nos separarmos!”
Eu não entendia a minha calma e serenidade num momento assim. Poderia até descrever as minhas frustrações internas, há tanto tempo reprimidas, de forma calma e concisa. Talvez eu as tivesse enterrado em minha consciência por tantos anos que senti que era o momento certo para trazê-las à tona, já que o tema do divórcio estava agora em discussão. Afinal, sabíamos das queixas mútuas! Além disso, independentemente do que acontecesse, éramos incapazes de alcançar um entendimento. Portanto, o divórcio deveria ser a melhor opção.
O seu olhar penetrante me causava arrepios.
“Melhor para nós dois? Para você, talvez! O homem que você inicialmente pensava estar morto apareceu de repente no meio da multidão. Antes disso, você havia decidido deixar o passado para trás, mas então o seu coração ficou inquieto ao vê-lo. Você não tinha culpa, mas, sim, arrependimento. E, quando o viu novamente, ficou tentada. Minhas responsabilidades para com Rebeca? Que piada! Aqui estou, trabalhando ao máximo para lhe dar segurança, enquanto você só pensa em um milhão de maneiras de se livrar de mim. Meu Deus!”
Apesar da dureza de suas palavras, optei por não refutá-las. Independentemente da minha contra-argumentação, seria inútil esclarecer as coisas. E, então, olhei para ele e disse com parcimônia: “Vamos parar de mentir para nós mesmos!”
Eu não queria discutir ou brigar, pois nem sabia por onde começar. Também não fazia ideia do motivo da ruína do nosso relacionamento. Eu era a culpada ou ele estava sendo um chato?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ficar ou correr?
O livro termina no capítulo 423?...
Há o livro físico?...
Ansiosa pelo capitulo 424, realmente espero que rebeca encontre alguém pare de incomodar, e Pedro e Skarlet terminem se amando, e que o filho apareça🙂↕️🫠...
Quando sai os próximos capítulos??...
Como saber o final???...
Quando terá novos capítulos?...
Quando terão novos capítulos?...
Quando será lançado o novo capítulo?...