Ficar ou correr? romance Capítulo 346

Por um momento, houve um estrondo em minha mente. Senti o meu coração descompassado. Por fim, respirei fundo. “Aconteceu alguma coisa com Márcia?”, perguntei.

Ela não me respondeu. Houve um momento de silêncio antes de ela enfatizar novamente: “Venha e veja com os seus próprios olhos!”

“Combinado!”

Logo depois de desligar, reservei uma passagem aérea para a Cidade de Augusta. Tive sorte porque havia um voo disponível de Nova Itália para lá em uma hora.

Feito isso, liguei o carro novamente. Foi então que vi Armando sair do prédio de escritórios da Corporação Vasconcelos. Ele correu em minha direção, agitando os braços.

A sua aparência me surpreendeu. Parei o carro e olhei para ele. “E agora?”

“Scarlet, Pedro reservou uma mesa em um restaurante em South Metro. Quer se juntar a nós?”, ele perguntou, estendendo um convite para mim.

South Metro? Onde os jovens da Nova Itália gostam de sair à noite? O lugar mais luxuoso para curtir a vida noturna? Olhei para o relógio. Eu mal conseguiria chegar ao aeroporto em menos de uma hora se partisse agora. Não tinha tempo para almoçar.

Pedro também saiu do prédio, com o rosto inexpressivo.

Apreensiva, olhei para Armando. “Desculpe, mas não poderei me juntar a vocês. Tenho outras coisas para fazer mais tarde. Por que não liga para Rebeca? Ela deve ter tempo para se juntar a Pedro... E você para almoçar!”

Com isso dito, liguei o carro mais uma vez.

Armando parecia furioso. “Scarlet, o que isso quer dizer? Você não sabe por que Pedro reservou uma mesa em um restaurante em South Metro? É para compensar aquela briga entre vocês. Acho que deveria aceitar! Por que tem que colocar mais lenha na fogueira?”

Olhei para Pedro parado perto da porta, depois para Armando. “Agradeço pelo esforço em querer ajudar, e pela gentileza de Pedro. Mas, por favor, diga a ele que, se não podemos mais continuar juntos, podemos terminar o relacionamento pacificamente. Estamos dando um tempo. De qualquer forma, tenho outros lugares para ir. Adeus!”

Pisei no acelerador, sentindo-me extremamente irritada. Não estava dificultando as coisas entre nós, mas ainda tinha alguma resistência contra não sei bem o quê.

Estava indo para a Cidade de Augusta, onde faria uma pequena pausa.

Sempre havia muito trânsito de pedestres no aeroporto de Nova Itália, além do congestionamento nas estradas. Mas, felizmente, consegui chegar a tempo.

Peguei a minha passagem com pressa e embarquei. Encontrei o meu lugar e logo me sentei, aliviada. Em minutos, avião estava decolando.

“Atenção, todos os passageiros. O avião está pronto para decolar. Para a sua segurança, coloquem a bandeja na posição vertical, apertem os cintos e desliguem os telefones, ou coloquem no modo avião. Obrigada”, a aeromoça disse no alto-falante.

Peguei o meu telefone da bolsa e, quando me preparei para desligá-lo, fui notificada sobre uma dúzia de chamadas perdidas, todas de Pedro. Havia também algumas mensagens de texto, enviadas por ele também.

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