Ficar ou correr? romance Capítulo 406

Voltando-me para meu amigo, perguntei: “Planejando voltar para Nova Itália?”

“E você?”, questionou ele enquanto franzia a testa e respondia à minha pergunta com outra.

“A Corporação Vasconcelos vai lançar um produto que eu tenho supervisionado. Não parece certo ficar longe.”

Seu olhar se voltou para Suelen. “Vai levá-la com você?”

“Uhum!”

Ele ficou em silêncio antes de olhar para Heitor. “E você?”

Heitor parou o que estava fazendo e se virou para me olhar. “Tanto a H&H Financeira quanto minha família estão em Augusta. Vou à Nova Itália apenas para o trabalho.”

Ele pareceu pensativo antes de continuar: “Você poderia pedir demissão. A Corporação Carvalho é quase completamente gerenciada por terceiros agora. Já que você é esposa de Pedro, não deve ser um problema assumir as rédeas da empresa.”

Apertei os lábios e quis recusar, mas ele continuou: “Seu marido é ambicioso, mas Augusta é o lugar de origem da empresa, bem como sua base de poder. Seria preferível que estivesse nas mãos da família.”

Pensei um pouco mais antes de responder: “A razão pela qual deixei a empresa foi por causa do fracasso. Se eu quiser voltar, teria que demonstrar que sou capaz de entregar bons resultados primeiro. O desenvolvimento de IA na Corporação Vasconcelos está sob minha responsabilidade. Se eu desse no pé antes de vermos os resultados, como isso seria diferente da minha saída da Corporação Carvalho em primeiro lugar?”

“Então, qual é o seu plano?”

“Gostaria de esperar para ver os resultados do mercado de IA. Mas, deixando isso de lado... vi Marcos.” Senti um puxão na manga de minha blusa e olhei para Suelen. Deve estar com fome.

Heitor franziu as sobrancelhas. “Você quer dizer o único filho de Benjamin?”

Assenti em resposta.

Leonardo ficou confuso. “Ele não morreu num acidente de carro?”

“Eu o vi em Rotterdam. Não tenho certeza do que está acontecendo, pois também não tenho ideia do que de fato aconteceu com ele naquela época.”

Com isso, levei Suelen para a quarto para amamentá-la.

O resto do dia passou sem incidentes.

Minha intenção era levá-la para Palace, mas meu amigo não achava seguro que eu fosse sozinha já que estava dirigindo. Concordamos que eu e Pedro voltaríamos para buscá-la outro dia.

O céu ainda estava claro quando saí do apartamento, então decidi ir ao cemitério fazer um visita aos túmulos de Jorge, vovó e Márcia.

Fiquei presa no engarrafamento. Pelo menos não foi no meio da rodovia.

Como estava demorando para normalizar, vários motoristas desceram para investigar.

Um dos que voltou suspirou resignado. “Está muito ruim lá na frente. Os jovens hoje em dia são tão imprudentes. Havia até uma mulher grávida no carro. Foi por pouco.”

“O motorista do Maybach tem vinte e tantos anos, não parece um pirralho mimado comum. Diria que não estava prestando atenção. Parece que vamos ficar presos aqui por um tempo”, disse outro.

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