Ficar ou correr? romance Capítulo 417

Roseiras estavam alinhadas dos dois lados da rua, florescendo durante esta época do ano. Suelen gostava de brincar aqui e gostava de arrastar os outros consigo também.

Toda vez que vinha, pedia uma casquinha de sorvete, e um de nós sempre comprava uma para ela.

Colin saiu da sorveteria, entregando uma casquinha de sorvete para as duas crianças antes de me dar uma também.

Eu gargalhei. Está me tratando como se eu fosse uma criança.

Suelen lambeu o cone, erguendo a cabeça para olhar para o homem. “Sr. Johnson, por que sempre compra sorvete para a mamãe também? Ela diz que adultos não tomam sorvete.”

“Sua mãe é uma criança, assim como você”, brincou meu chefe.

Minha filha olhou para Leonardo confusa e perguntou: “Você tem a mesma idade da mamãe, então isso significa que também é uma criança? Por que não comprou sorvete para o Sr. Leonardo?”

Meu velho amigo quase cuspiu a água. “É porque sou grande. Não como esse tipo de coisa. Sua mãe e eu somos diferentes — não importa quantos anos tenha, sempre será uma criança.”

Suelen assentiu, embora não parecesse ter entendido uma única coisa do que ele dissera.

À medida que o céu ficava mais escuro, as lâmpadas da rua se acenderam. Não pude deixar de ofegar com a vista. Heitor e eu tínhamos caminhado por uma rua que se parecia com esta no passado.

Também estava repleta de roseiras, mas esta não tinha mercado noturno, nem churrascarias.

“Em que está pensando?” Leonardo me cutucou, tirando-me dos meus pensamentos.

Percebi que as duas crianças já haviam tomado distância, mas Colin os seguia de perto.

Balancei a cabeça devagar em resposta àquela pergunta.

Arqueando uma sobrancelha, seus olhos dispararam entre o gerente e eu. “Ele é ok — em termos de personalidade e aparência. Além de ser um pouco mais velho, seria uma boa escolha.”

Seu comentário repentino me surpreendeu, e eu franzi as sobrancelhas quando me virei em sua direção. “Hã?”

“Estou tentando encontrar um bom parceiro para você!” Ele deu de ombros.

“Suponho que não esteja tão ocupado com o trabalho, afinal”, provoquei.

Ele suspirou e disse em tom casual: “Só acho que é um cara legal. Te trata bem e tem ajudado a cuidar da pestinha ali. Além disso, você já está com trinta anos. Seguiu em frente e devia começar a reconstruir sua vida e encontrar alguém para se sentir menos solitária quando Suelen crescer.”

Revirei os olhos e decidi ignorá-lo, indo em direção às crianças.

“Não revire os olhos para mim. Estou falando sério.” Leonardo me perseguiu, reclamando: “Pedro planeja casar-se. Deveria começar a pensar em seu próprio futuro também.”

Um arrepio percorreu minha espinha, e enrijeci por um breve momento, levando alguns segundos para processar as novas informações, olhei-o. “Casar?”

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