Ficar ou correr? romance Capítulo 421

O resto da equipe entrou no escritório e avistaram o gerente me entregando uma pomada, mas nos ignoraram.

Como não era grave, afastei-o. “Estou bem. Vá trabalhar!”

O gerente olhou para mim, depois para as funcionárias que estavam olhando na nossa direção antes de obedecer.

Joyce voltou ao escritório quando seu turno terminou. Quando notou a pomada no meu joelho, zombou: “A visão de uma pessoa rica e influente deve ter enfraquecido as pernas de uma inculta como você. Que vergonha!”

Pressionei meus lábios, mas não retaliei. Embora estivesse com pressa na hora, sabia o verdadeiro motivo de eu ter tropeçado.

Eu conhecia todos os funcionários e havia apenas algumas pessoas ao meu redor naquele momento. Fazia sentido que Joyce, que estava mais perto de mim, fosse a culpada por minha queda.

Depois de cuidar do meu joelho machucado, caminhei até a máquina de café e enchi um copo com água quente.

Aproximei-me dela e perguntei com frieza: “O rosto ou a mão, qual vai escolher?”

Seu rosto tingiu-se de um branco medonho quando notou a água quente. “O que está tentando fazer? Estou te avisando. Meu pai é o prefeito da cidade. Se se atrever a encostar um dedo em mim, vou garantir que se arrependa pelo resto da vida.”

Assenti com indiferença, imperturbada com suas ameaças. “Acho que vou esperar para ver!”

Antes que a garota pudesse reagir, agarrei seu braço e despejei água escaldante em sua pele. Ela gritou em agonia, mas a segurei e esvaziei o copo.

Enquanto ela se debatia de dor, falei sem emoção: “Sra. Novaes, por favor, planeje melhor da próxima vez. Vou deixar passar desta vez, mas temo que seu rosto bonito tenha que arcar com as consequências se isso voltar a acontecer.”

“Sua—”

Eu a interrompi quando um pensamento me atingiu: “A propósito, já que afirma que seu pai é uma pessoa tão importante, seja boazinha e vá viver do dinheiro dele. Afinal, a cidade nunca prosperou sob sua gestão, apesar do ambiente vantajoso. A economia estagnou com ele no cargo. Já é hora de passar o bastão.”

Com essas palavras de despedida, peguei a pomada e saí do escritório.

Quando cheguei ao térreo, Colin havia parado na entrada. “Entre!” , chamou.

Arqueei uma sobrancelha preparada para rejeitar a oferta quando me lembrei que estava mancando. Não machuquei só o joelho, afinal. Cedi, entrei no carro e coloquei o cinto de segurança.

Seu olhar passou por mim. “Vou passar na farmácia para comprar um remédio antes de te deixar em casa”, anunciou.

Olhei para o meu tornozelo, que quase tinha dobrado de tamanho agora e não protestei.

“Você e Pedro se conhecem?”, deixou escapar.

Congelei antes de rir sem humor. “Pareço alguém que tem conexões com gente podre de rica?”

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