Ficar ou correr? romance Capítulo 431

Todas as fofocas que giravam em torno dela eram relacionadas a Pedro. De qualquer forma, a revista não publicou uma foto dele com tanto descaramento.

Ele estava de costas para a câmera e olhando para a atriz. Parecia uma foto tirada durante um evento.

Os repórteres fizeram isso, era óbvio, para impulsionar a venda da revista.

“É tudo bobagem”, disse ele de repente.

Assustada com suas palavras, retirei meu olhar da revista e voltei-me para ele. “O que você pediu?”

“Um balde de frango frito família, sorvete, hambúrgueres, coca e batatas fritas”, disse minha filha em êxtase.

Franzi o cenho. “Vamos conseguir comer tudo?”

Ela ficou emburrada. “Mãe, só posso comer isso uma vez por mês. É claro que vamos conseguir comer tudo.”

Pedro concordou com a lógica dela, o que me deixou chateada. “Suelen, comer é como trabalhar, então não dê um passo maior que as pernas. Se não conseguir terminar, vai desperdiçar dinheiro. Quando não consegue cumprir uma promessa, há um preço a pagar e você pode até perder a pessoa que ama. Entendeu?”

Um a ruga se formou entre as sobrancelhas de Pedro. “Ela só tem quatro anos!”

“É a mesma coisa, não importa a idade. Não há necessidade de esperar até que ela tenha idade suficiente se pode aprender agora.” Posso ter soado dura, mas sinto que são coisas com as quais ela precisa lidar desde cedo.

Ele suspirou e indicou que esperássemos em nossa mesa.

Suelen pareceu ter percebido que havia pedido demais e ficou em silêncio por um tempo, até que, depois se aproximou de mim. “Mamãe, me desculpa. Não vou mais fazer isso.”

Assenti. Meus olhos estavam fixos em Pedro, que caminhava em nossa direção.

Quando chegou, colocou a comida na mesa e disse para Suelen: “Coma o quanto quiser e divirta-se.”

Ela esperou pela minha aprovação antes de se servir.

Eu não tinha muito apetite e a tela grande me chamou a atenção. Ainda estava transmitindo os vídeos de Natália promovendo as joias.

“Seja Rebeca ou Natália, para mim, é tudo trabalho. Se te incomoda, não vou a nenhum evento social acompanhado.” Ele parecia firme.

Dei um suspiro. “Não precisa fazer isso. Encontrei o objetivo da minha vida e sei o que quero. Não precisa se preocupar com o que eu penso.”

Ele fez uma careta. “Então, está brava comigo?”

Neguei porque não me importava. “Independentemente de com quem esteja, são apenas táticas usadas pela mídia para entreter o público. Fazem isso às nossas custas, mas não devíamos nos importar.”

Um sorriso caloroso apareceu em seus lábios. “Eu faço o jantar.”

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