Ficar ou correr? romance Capítulo 44

"Informou com antecedência?”, eu interrompi. Eu a encarei antes de explicar: "Não sou a única subordinada do Pedro. Se ele tem que explicar cada coisinha palavra por palavra, então qual é o sentido de empregar tanta gente? Ele poderia muito bem fazer tudo sozinho."

"Mas você é a esposa dele!"

Achei engraçado, olhando para ela disse: “Sim, sou a mulher dele. Deixando de lado o fato de que ele não está satisfeito comigo como esposa, mesmo que estivesse, ele ainda é o presidente da empresa, enquanto eu sou a diretora. Na empresa, somos superiores e subordinados. Se eu sou tão estúpida a ponto de que ele precisa me dizer o que fazer a todo momento, ele poderia muito bem me mandar para casa e deixar que eu fosse uma dona de casa em tempo integral!”

No mundo, a inteligência pura não te levaria a lugar nenhum; somente a experiência acumulada lentamente em um trabalho árduo e laborioso te levaria longe.

De volta ao meu escritório, Sarah marcara um jantar com o presidente da H&H Financeira. Não mencionara o incidente de ontem à noite a ninguém, guardara tudo para mim.

Felizmente, a empresa era enorme, então eu não precisava ver o Pedro, a não ser que houvesse algum assunto de extrema importância. Para me distrair do pensamento de como ele iria lidar com as coisas entre nós, me dediquei ao meu trabalho.

Depois de um dia inteiro de trabalho, finalmente chegou a hora de ir embora. Sarah entrou na minha sala carregando sua bolsa. "Sra. Machado , você precisa que eu a acompanhe no seu jantar com o Sr. Fernandes de H&H Financeira hoje à noite?"

Demorei um pouco para me lembrar do compromisso. Sentindo que ela estava ansiosa para sair, balancei a cabeça em negativo. "Está tudo bem. Apenas me dê o endereço e eu vou para lá sozinha daqui a pouco.”

Ela sorriu e respondeu: "Obrigada, Sra. Machado. Já enviei o endereço para o seu telefone."

Sacudi a cabeça, então, com a mão no meu queixo e encarei-a. "Você está saindo com alguém?" Sara não era mais tão jovem. Nos últimos dois anos, que ela trabalhara para mim, sua vida amorosa era inexistente. Por isso, notei imediatamente como seus olhos passaram a brilhar recentemente.

"Não! É apenas uma simples reunião com um antigo colega meu, então...” embora aquela tenha sido a sua resposta, seu rosto já havia ficado vermelho.

Com um aceno de cabeça, fiz um gesto para ela ir em frente sem dizer mais nada.

As pessoas diziam que os olhos eram as janelas para a alma. Eu concordava, porque não importa o quanto você negasse verbalmente, seus olhos trairiam seus sentimentos.

Depois de arrumar minha mesa, segui diretamente para o endereço que Sarah me enviara. Inicialmente pensei que o presidente da H&H seria um homem de meia-idade.

Por isso, fiquei chocada ao ver que Heitor Fernandes era apenas um jovem de vinte e poucos anos.

"Scarlett Machado!" Ao me ver, ele se levantou de seu assento e ergueu as sobrancelhas para mim.

Ofereci-lhe um sorriso cordial. "Sr. Fernandes?"

“Por favor, não me chame de Sr. Fernandes. Isso me faz parecer tão velho. Apenas me chame de Heitor." Heitor tinha sobrancelhas bem desenhadas e feições definidas. Quando ele falava, duas covinhas apareciam ocasionalmente em suas bochechas, fazendo-o parecer ainda mais bonito. No entanto, seus olhos mostravam que ele era mais sábio do que o esperado de pessoas da sua idade.

Pisquei perplexa. "Velho?"

Ele murmurou uma resposta e explicou: “Pedro já tem mais de trinta anos, então, se ele não é velho, o que ele é? Você tem apenas vinte e seis anos, Scarlett. Você realmente planeja ficar com ele pelo resto da sua vida?”

Por um momento, fiquei perplexa ao ouvir suas palavras, incapaz de formular uma resposta. No final, sorri ironicamente e perguntei: “Você está tão interessado na minha vida particular?”

"Claro!" Ele assentiu e me olhou com seriedade. “Nunca ninguém te disse como você é linda, Scarlett? E como, especialmente, você irradia elegância.”

Eu sorri para aquele jovem peculiar e disse sucintamente: "Obrigada!"

“O que você acha de mim, Scarlett? Eu sou seu tipo?" Não havia fim para a singularidade aquele garoto.

Depois de beber um pouco de água, olhei para ele e evitei sua pergunta. "Você acha que será capaz de executar com sucesso a auditoria anual da Corporação Carvalho se eu a entregar a você?"

Ao perceber que eu mudara de assunto, ele franziu os lábios e se esparramou sobre a mesa novamente, falando com uma voz fraca: "Só saberei depois de fazer isso, então como devo responder à sua pergunta agora, Scarlett?"

Franzi minhas sobrancelhas, um pouco relutante em continuar a conversa. “Nossa empresa abriu seu capital recentemente, então há muitos investimentos envolvidos. Tenho certeza que você sabe melhor do que eu como o menor erro pode levar a uma perda colossal. Já que sou a responsável este ano, é claro que tenho que estar mais atenta!"