Ficar ou correr? romance Capítulo 463

Ela abaixou os olhos e pensou seriamente sobre isso. Depois de um tempo, respondeu: “Vou dizer a ele que não deve sentar lá e bloquear o caminho das outras pessoas. Devemos brincar juntos com todas as crianças. Além disso, não devo empurrá-lo.”

Ela pausou por um momento e perguntou: “Quanto devo ao Sr. Cordeiro? É muito?”

Do seu ponto de vista, o dinheiro que Júlio gastou não pertencia a ela. Subconscientemente, provavelmente não trata Pedro como sua família.

Ponderei sobre isso por um tempo e disse: “Vou pagá-lo de volta. Mas lembre-se disso, conforme você cresce, eu também cresço. Chegará um dia em que terá que aprender a lidar com seus problemas com sabedoria, está bem?”

Ela assentiu. Eu podia dizer que estava se sentindo bastante culpada por machucar alguém enquanto estava deitada em meus braços em silêncio.

Quando Pedro e Júlio saíram, ela já havia adormecido. Júlio me cumprimentou antes de sair.

Vendo que estava dormindo, Pedro queria levá-la para o quarto. No entanto, no momento que a tocou, ela acordou.

Talvez ainda estivesse sonolenta e não percebeu imediatamente que era Pedro quem a estava carregando, então disse: “Mamãe, vi o tio Marcelo no hospital hoje. Estava com uma mulher.”

Fiquei chocada por um segundo. Não pude deixar de a olhar. “Sabe o que estavam fazendo no hospital?”

Depois de piscar algumas vezes, ela finalmente percebeu que era Pedro quem a estava carregando. Não pôde deixar de ficar chocada. Então o cumprimentou: “Oi, Sr. Carvalho.”

Pedro assentiu. Então, a levou de volta ao sofá e fez sinal para que continuasse a responder minha pergunta.

Ela pensou por um momento e disse: “O tio Marcelo disse que levou a mulher para ver o bebê. Tem um bebê na barriga dela!”

De repente, me lembrei da condição de Marcelo da última vez, já tinha algumas suposições naquela época. No entanto, quem era a mulher?

Estava escurecendo. Suelen demorou pra dormir depois de jantar. Não conseguia dormir, pois tinha dormido demais durante o dia.

Pedro recebeu uma ligação. Parecia que algo urgente havia acontecido na Corporação Carvalho. Portanto, teve que correr para resolver.

Depois de se despedir, saiu.

No dia seguinte, após saber que tinha sido colocada na lista negra pela Carvalho Media, Natália Guimarães estava a caminho do topo do prédio da empresa para tentar suicídio. Até inventou histórias falsas sobre o passado entre mim e Pedro e as espalhou para a mídia.

Graças a ela, Pedro e eu nos transformamos de um casal divorciado após anos de casamento em mim sendo uma m*rda nada fácil de lidar que não parava de incomodá-lo por dinheiro.

Meu passado a quatro anos atrás também foi todo revelado.

A mídia não recusaria nenhuma notícia relacionada a Pedro. De acordo com o relato de Natália, havia muitas versões do que havia acontecido entre nós e era uma bagunça.

No início, não me importava com essas notícias, mas tinha negligenciado Suelen.

Sempre que Pedro e eu íamos buscá-la na escola, sempre mantínhamos um perfil baixo. No entanto, era inevitável que chamassem a atenção de outras pessoas eventualmente.

Houve silêncio do outro lado por alguns segundos. Então, ele respondeu: “Claro.”

O carro parou do lado de fora do prédio da empresa. Suelen já tinha adormecido há muito tempo depois de chorar em meu ombro.

Estava na grande área de espera da Corporação Vasconcelos. Havia duas recepcionistas bonitas.

Não me aproximei delas, pois conhecia bem Marcos. Ele desceria pessoalmente.

Cerca de cinco minutos depois, ele desceu.

Franziu a testa quando viu Suelen dormindo. Estendeu a mão para pegá-la, mas o evitei. “Vamos falar em outro lugar. Ou devemos apenas ficar aqui e conversar?” Sua presença já havia chamado a atenção de muitas pessoas na empresa.

Ele franziu a sobrancelha: “Vamos para o meu escritório. Há um lounge lá. Suelen pode descansar na cama.”

Concordei com a cabeça. Não estava disposta a deixá-lo segurá-la. O segui até o andar de cima usando seu elevador pessoal.

Não estive lá há quase quatro anos. A empresa parecia ser duas vezes maior do que antes. Até o escritório do presidente havia sido modificado para um escritório de dois andares. Parecia atmosférico e luxuoso.

Depois de deitar Suelen na cama, me sentei na sala de conferências. Ele instruiu sua secretária a me servir uma xícara de chá. Como era minha primeira vez lá, ela não pôde deixar de me olhar algumas vezes. Eu podia imaginar que as pessoas estavam tentando descobrir tudo sobre mim no momento.

“Gostaria de comer algo mais tarde?” Parecia que ele não se importava com o motivo de eu estar lá. Em vez disso, estava mais preocupado com o que queria comer.