Ficar ou correr? romance Capítulo 527

Fiquei momentaneamente atordoada. A quem ele estava se referindo?

“O quê?”

Sem dizer mais nada, ele baixou a cabeça e me beijou profundamente. Era como se quisesse me engolir inteira.

Ele estava de mau humor.

Eu percebi quando estávamos no hotel. Mas, por quê?

Pensei que ele estivesse cansado do trabalho. Mas agora, ele não parecia cansado de jeito nenhum.

No calor que emanava do banheiro, seu desejo ardente estava a todo vapor.

“Pedro!” Eu disse, mas ele já me havia levantado nos braços.

Ele parou completamente seus movimentos. Me encarou com seus olhos escuros, e estava respirando pesadamente.

Eu estava obviamente confusa.

“Você está zangado?”, perguntei, cautelosamente.

Ele me olhou com olhos estreitos, mas seu olhar era suave e gentil como sempre.

“Você não quer fazer?”, perguntou, roucamente. Sua voz soava contida.

Balancei a cabeça. “Quero. Mas vamos não fazer isso aqui, okay?”

Ele me abraçou. Com uma voz baixa, disse: “Okay.”

Comigo em seus braços, ele seguiu direto para o quarto e me colocou gentilmente na cama.

Não era a primeira vez que dormia com ele, mas desta vez parecia diferente.

Naquela noite, eu não consegui dormir. Meu coração doía enquanto eu deitava ao lado dele.

Já era meia-noite quando acordei ao som de Pedro gemendo de dor. Sentei-me na cama e acendi o abajur.

Ele estava suando profusamente. Com uma careta no rosto, continuava a gemer de dor.

Ele estava tendo um pesadelo.

Eu o acordei. “Pedro...”

Quando ele acordou e viu que era eu, me abraçou apertado e disse com uma voz baixa e rouca: “Scarlet, por favor, não vá.”

Fiquei momentaneamente assustada, então estendi a mão para confortá-lo. “Eu não vou a lugar nenhum.”

Deitando de volta na cama, ele me abraçou enquanto eu enxugava o suor de sua testa. Perguntei: “Você teve um pesadelo?”

Pedro disse: “Eu não quero viver mais quatro longos anos de solidão.”

Lágrimas quentes se acumularam em meus olhos. “Não haverá mais outros quatro anos assim. Vamos continuar assim pelo resto de nossas vidas.”

Ele me segurou em um abraço apertado e disse com uma voz profunda: “Diga que me ama, Scarlet.”

Levantei a cabeça e olhei para seu rosto esculpido. Com uma voz sincera e firme, disse: “Eu te amo, Pedro.”

Ele sorriu brilhantemente e disse: “Eu também te amo.”

Foi a primeira vez que derramamos nossos corações um para o outro.

Ele disse: “Obrigado.”

Eu congelei. “Por quê?”

“Obrigado por me amar. E obrigado por voltar para mim.”

....

Suelen pegou um resfriado. Depois de sair da cama de manhã, tentei acordá-la, mas ela continuou dormindo.

Pedro não estava à vista, mas havia um bilhete na mesa de cabeceira. “Está frio. Lembre-se de vestir uma camada extra de roupa. Beba mais água quente.”