Ficar ou correr? romance Capítulo 581

Ao ouvir as suas palavras, fiquei tensa e imóvel enquanto o meu corpo tremia. Então, Suelen está sumida?

Senti novamente um zumbido em meus ouvidos e, contendo as minhas emoções, olhei para João, esperando por sua resposta.

Ele percebeu a minha reação e franziu a testa. “Mandei os meus subordinados procurá-la e também denunciamos o caso à polícia. Ela ficará bem.”

[Plaft!] Reuni toda a minha energia e força para dar um tabefe nele. Foi alto e doloroso, pois, em um instante, todos na sala voltaram os olhos para mim. Algumas pessoas estavam olhando feio, outras franzindo a testa, e também havia quem nos observasse com muito entusiasmo.

A primeira que se apresentou para mim foi uma garota um pouco gordinha de vinte e poucos anos. “Quem é você? Como conseguiu bater nele?”

Lancei-lhe um olhar, mas não respondi. Em vez disso, continuei a olhar furiosamente para João. “É melhor você rezar para que Suelen volte sã e salva, ou então eu passarei o resto da minha vida para destruir a família Cruz.”

O som de uma caneca sendo batida contra a mesa de centro ressoou pela sala. “Como você ousa, mocinha?”, o senhor que estava sentado no meio falou com uma voz grave e intimidadora.

Ele devia ter sido uma pessoa influente durante a sua juventude e, pelas minhas contas, constatei que beirava os seus oitenta anos, mas ainda estava cheio de vigor e vitalidade. Abri um leve sorriso, fazendo-me parecer equilibrada. “Vamos esperar e ver.”

Ele derrubou a caneca. “Que insolente!”, ele disse com raiva.

Ninguém se atreveu a falar uma única palavra enquanto ele me encarava. Se olhares pudessem matar, eu estaria mortinha da silva.

Depois de um tempo, ele finalmente desviou o olhar. “João, por que você trouxe uma garota tão rude para dentro de casa? Tire-a daqui agora. Como uma garotinha se atreve a me responder!”

Zombei com desdém. “Se não fosse pela minha filha, não teria entrado nesta pocilga!”

O homem ficou furioso. “Cale-se!”

Quando ele levantou a bengala para me bater, uma voz masculina soou da porta. “Como você está, Sr. Cruz?”