Ficar ou correr? romance Capítulo 67

"Srta. Lopes, você não me conhece. Como poderia saber o que eu quero?" Não consegui mais me conter. Afinal de contas, João também estava ouvindo escondido. Entrando no escritório do Pedro, encarei Rebeca com frieza. "Srta. Lopes, mesmo que meu marido não me ame, agora temos um filho juntos. Isso significa que somos uma de verdade. Você pode não estar ciente, mas nem todos os casais se amam.”

Tanto Rebeca quanto Pedro ficaram chocados com o meu súbito aparecimento. Ela respondeu rapidamente: "Você realmente acredita que pode forçá-lo a ficar com seu filho?”

Assenti. "Não tinha certeza se conseguiria, mas depois de ver sua reação, acho que consegui. Afinal, o meu filho e eu estamos em primeiro lugar, e não você, Srta. Lopes."

A expressão no rosto de Pedro tornou-se amarga ao ouvir minhas palavras. Eu o ignorei, e continuei: "É claro que você é cara de pau o suficiente para ficar com ele. Talvez, depois de eu ter dado à luz, ele possa ficar entediado em casa, e querer algo diferente. Até lá, você terá a oportunidade de lhe proporcionar uma nova experiência."

"Pfft!”

Acessos de riso podiam ser ouvidos vindo da porta. Virei-me e vi Armando e Heitor parados ali. Rindo até quase se engasgar, Heitor disse:

"Desculpa. Não queria escutar a conversa de vocês, mas vocês estavam falando tão alto. Não consegui me conter.”

Armando olhava para mim, aparentemente enfurecido. Ele se dirigiu até Pedro e lhe entregou uma pasta. "Você pode ter sua própria família, mas não deveria ter permitido que alguém como Scarlett a insultasse!" Em seguida, ele arrastou Rebeca para longe.

Parei diante deles, e encarei Armando com frieza. "Sr. Queiroz, alguém como eu? O que você quer dizer?"

"Você é egoísta, desprezível e sem coração!", ele respondeu imediatamente.

Acenando com a cabeça, dei um sorriso zombeteiro. "Obrigada pela sua resposta detalhada. Então, como seria a sua mulher ideal?"

Desconsiderando suas expressões, acrescentei com um sorriso: "Uma vez vadia, sempre uma vadia. A Srta. Lopes pode parecer simpática o suficiente para te fazer esquecer que ela é uma destruidora de lares. Mas a verdade é que ela tentou me forçar a abortar o bebé e incriminou alguém por posse drogas. Suas ações são perdoáveis porque ela parece ser delicada e frágil?”

"Scarlett, para de falar asneiras!" Rebecca deixou escapar com raiva.

Levantei minhas sobrancelhas para ela. "Desesperada né?"

"Chega!” Pedro finalmente falou. Ele olhou para Armando, e mandou: "Leve-a de volta para casa! Não a deixe vir aqui de novo."

"Bem, parece que a sua tontura é resultado da sua noite mal dormida. Deve evitar fazer isso, e ir dormir mais cedo. Além disso, há sinais de depressão devido ao estresse. Você deve tentar pegar mais leve, e evitar situações estressantes.

Descansando o queixo na mão, informei-o: "Vou viajar a negócios para Antares. Há algum remédio para dormir que eu possa levar comigo?"

"Sim, mas eles não são bons para o seu bebê", respondeu ele. "Você não deveria confiar neles.”

Murmurei em concordância. Se continuasse daquele jeito, não tinha certeza se sobreviveria, quem diria o bebê. Quando deixei o escritório de João, quase esbarrei em Pedro, que parecia estar terrivelmente chateado. Não me sentia bem, por isso não me dei ao trabalho de falar com ele. Ele agarrou a minha mão quando passei por ele. "

O que há de errado com você?", ele perguntou em sua voz profunda.

"Ainda estou viva!" Afastei-me dele irritada e entrei no elevador.

De volta ao meu escritório, Sarah colocou uma pilha de documentos na minha mesa. "Sra. Machado, estes são os relatórios da auditoria da Corporação Carvalho. Por favor, leia e assine."