Ficar ou correr? romance Capítulo 742

“Consegui!” veio a voz de cima.

Logo, o poço escuro foi iluminado por um feixe de luz. Fiquei imóvel, sem ousar mexer um músculo. Entrei os olhos contra o brilho para ver uma figura olhando para baixo, aparentemente pertencente a um homem.

Assumindo que fosse Adriano, avisei: “Cuidado. Há um pântano aqui e o chão é macio. Estou preocupada que essa área possa afundar a qualquer momento. Por favor, tenha cuidado!”

Ele não respondeu, mas amarrou uma corda ao redor da cintura. Com a lanterna em uma mão, ele usou a luz para encontrar seu ponto de apoio enquanto a outra mão tateava as paredes macias do poço enquanto caminhava em minha direção.

O feixe de luz da lanterna estava apontado diretamente para mim, então não consegui distinguir os traços de Adriano. Olhando ao redor, avistei dois poços um pouco mais fundos a uma curta distância, provavelmente deixados pelos meus pés anteriormente.

Havia também algumas plantas enlameadas ao redor, todas eram árvores de chá, o que provava que minha suposição estava certa, o chão aqui tinha cedido há pouco tempo.

A chuva estava ficando mais forte e minhas roupas estavam completamente encharcadas. Não tinha certeza se o chão sob meus pés aguentaria meu peso, mas tinha que tentar seguir em frente. Quando Adriano se aproximou de mim, chamei novamente: “Cuidado. Algumas áreas são buracos!”

“Hum”, ele respondeu justo quando chegou ao meu lado e fiquei surpresa ao ouvir a voz familiar.

Levantei a cabeça surpresa. “Pedro? O que você está fazendo aqui?” Por alguma razão, meus nervos se relaxaram instantaneamente ao vê-lo e soltei um suspiro inaudível de alívio.

Com os lábios pressionados em uma linha reta, ele ergueu as sobrancelhas em provocação. “O que foi? Está decepcionada que seja eu?”

Congelei por um segundo, mas ignorei seu comentário sarcástico e insisti: “Vamos sair daqui agora. Este lugar pode afundar a qualquer momento!”

Sem precisar de mais explicações, ele pegou minha mão e olhou para a entrada do poço. “Te encontrei. Amarre a corda em uma árvore e faça um nó firme.”

Laura respondeu de cima: “Ok, entendi. Cuidado, pessoal!”

Então, Pedro amarrou a outra ponta da corda no seu corpo ao redor do meu e instruiu: “Siga-me de perto.”

Assenti e ele estendeu a mão para segurar a minha, mas instintivamente recuei e protestei: “Tudo bem. Eu sigo atrás de você.”

Ele olhou para mim com olhos indecifráveis, depois desviou o olhar e lembrou: “Tome cuidado.”

Assenti e caminhei cuidadosamente atrás dele. A entrada do poço estava a sete a oito metros acima de nós e, com a forte chuva, subir seria desafiador.

Para evitar que a entrada desmoronasse, as pessoas acima tinham que ficar a uma certa distância e só podiam ajudar segurando a corda firme.