Ficar ou correr? romance Capítulo 76

"Amanhã à noite é o aniversário da minha mãe. Quer vir?", ele perguntou. Aparentemente o escândalo envolvendo meu nome e o dele não significava nada para ele.

Massageei minhas têmporas, que latejavam. "Não estou livre. Você deveria desmentir esse rumor logo."

Pedro era a única pessoa poderia manter Marcelo longe de nós. Mas, naquele momento, o rumor sobre mim e o Heitor era um problema. Ele ficou em silêncio por um momento antes de responder: "Eu vou cuidar disso.”

"Tudo bem", eu disse cansada. "Pare de causar mais problemas!”

Não sabia quando Marcelo viria para a Cidade de Augusta. Se Pedro estava chateado com os rumores, e o pesadelo de cinco anos atrás se repetisse, temia que não sobreviveria a outro golpe. Ficar viva era a coisa mais importante para mim naquele momento.

Depois de desligar, deixei meu telefone de lado antes de decidir ir ao escritório de Pedro. Desta vez, o seu gabinete estava em silêncio. Nem mesmo Júlio estava lá. Quando ouvi o barulho do teclado vindo de seu escritório, parei do lado de fora da porra e bati.

"Pode entrar!" sua voz irresistível soou do outro lado. Hesitei por um momento antes de abrir a porta. Ao me aproximar dele, meu coração acelerou. Ele ainda estava digitando furiosamente em seu teclado. Parei em frente à sua mesa em silêncio, observando-o trabalhar. Ele ficava ainda mais lindo quando estava concentrado.

"Pode deixar na mesa. Vou assinar depois." Como ele estava muito focado, não percebeu que eu estava ali. Fiquei de pé sem dizer uma palavra.

Depois de um longo tempo, ele franziu a testa e parou de digitar. Quando ele olhou para cima e me viu, ele fechou a cara.

"O que é?", ele perguntou friamente.

"Pedro, precisamos conversar.” Tinha de explicar o meu suposto escândalo com o Heitor.

Ele se recostou na cadeira e arqueou a sobrancelha sarcasticamente. "Sra. Machado, você precisa falar sobre trabalho?", ele perguntou, suas palavra cheias de desdém.

Ele parecia completamente distante. Apertei os lábios e minhas mãos com força. "Eu posso explicar o rumor sobre mim e Heitor."

"Você dormiu com ele?” Ele perguntou com um olhar inquisitivo.

Não entendi muito bem a princípio, mas rapidamente me dei conta do que ele estava falando. "Não!" Falei, com meu rosto pálido.

"Ha!” ele zombou alto. "Scarlett, você acha que vou acreditar em você?", ele zombou.

"Pedro, pelo menos me dê uma chance de me explicar, está bem?” Já que Heitor e eu não esclarecemos os rumores, a situação havia piorado.

Aparentemente impaciente, ele levou a mão a testa e olhou para mim. "Sra. Machado, você está sendo bem paga para trabalhar na Corporação Carvalho. Por favor, não perca seu tempo discutindo assuntos pessoais com o seu patrão."

"Pedr—”

"Sra. Machado”, ele interrompeu. "Você deve saber que este não é o momento apropriado para falar sobre isso.”

Abri a boca para retrucar, mas Júlio estava vindo em nossa direção. Ele deu-me um sorriso educado. "Sra. Machado, o Sr. de Carvalho está ocupado.”

Ele estava indicando que era a hora de eu ir embora. Olhei para Pedro, que obviamente não queria continuar com a conversa. Ignorando o que Júlio disse, perguntei: "Sr. de Carvalho, quando estará livre? Precisamos mesmo conversar."

Ele ficou em silêncio, mas seu rosto disse tudo. Júlio imediatamente interveio: Sra. Machado, não houver mais nada, por favor se retire."

Sabia que ele não me ia falar comigo, por isso deixei o gabinete dele. Ao sair, encontrei João.

Ele trazia algo em suas mãos. Ao me ver deixar o escritório de Pedro, ele questionou: "Vocês brigaram?"

Acenei com a cabeça em resposta.

Pedro sempre foi mal-humorado. Nós estávamos casados, mas desta vez eu não fazia ideia do motivo por ele estar chateado.

"Aqui, seu remédio. Lembre-se de tomá-los regularmente agora que está de volta.” Ele me entregou um pacote. Ele olhou de relance para a sala de Pedro antes de me dizer: "Ouvi sobre os rumores. "Você devia explicar para ele."

Ele voltou para o seu escritório enquanto eu voltava para o meu.

Quando finalmente chegou a hora de ir embora, peguei minha bolsa e fui até o estacionamento para esperar por Pedro. Vi o seu jipe preto e fiquei parada ao lado dele. Eu causara o problema, então eu devia a explicação. No entanto, depois de uma hora se passar, Pedro ainda não aparecera. O estacionamento já estava praticamente vazio. Pensei que ele estava trabalhando até tarde. Para a minha surpresa, Júlio apareceu.

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