Ficar ou correr? romance Capítulo 78

Atordoada, estava prestes a balançar a cabeça quando Sra. Espíndola piscou para mim. Ela continuou:

"Ter cãibras é horrível. Você não deve se esforçar tanto durante os primeiros três meses. Caso contrário, corre o risco de ter um aborto espontâneo.”

Pedro estava prestes a subir para trabalhar, mas a Sra. Espíndola chamou-o:

"Sr. Pedro, é doloroso ter cólicas. "Você deveria fazer uma massagem nela mais tarde. Comprei um pouco de óleo. Está no seu quarto."

Precisava admitir, a Sra. Espíndola estava sendo uma ótima aliada.

Ele baixou as pastas e olhou para mim. "Dói?"

Percebi depois que ele perguntara se eu estava com dor. Sra. Espíndola, acenou para mim, e eu respondi com um sorriso forçado.

"Sim!"

Franzindo a testa, Pedro disse: "Vamos!”

Quando ele foi direto para o quarto, olhei para ela. "Sra. Espíndola, eu não estou com cãibras.” Tinha outros sintomas, mas cãibras não era um deles.

Ela me olhou de forma exasperada. "Não importa. Terá isso quando estiver no quinto ou sexto mês de gravidez. Depressa, volte para o quarto."

Minhas pernas pareciam chumbo quando voltei para o quarto. Pedro estava tomando banho. Olhando em volta, vi uma garrafa de óleo na mesa de cabeceira. Não acreditei.

Sra. Espíndola era mesmo cheia de truques!

Fiquei fora por alguns dias, mas, felizmente, Pedro não era cruel o suficiente para jogar minhas roupas fora. Não demorou muito até ele sair do banheiro, com o cabelo molhado. Água escorria pelo seu peito nu, chegando até a toalha em sua cintura.

"Vá tomar banho.", ele mandou, interrompendo meus pensamentos. Virei minha cabeça e o vi ali. Sentindo-me culpada desviei o olhar, e corri para o banheiro. A água que caía do chuveiro fazia barulho, mas ainda podia ouvir sons vindo do quarto. Pensei que fosse o telefone de Pedro, mas ele estava com o meu telefone no ouvido quando saí do banho.

Fui até ele. "Quem é?"

Ele não disse nada e me entregou o telefone friamente. Olhando para a tela vi o nome de Heitor e franzi a testa.

"Olá Sr. Fernandes", cumprimentei educadamente, me afastando de Pedro. Pelo canto do olho, notei que ele estava se concentrando em seu telefone.

"Lidei com o escândalo. Se necessário, vou falar com a imprensa", ele disse com seriedade.

Era raro ouvi-lo falar tão formalmente. "Ok, obrigada!” Respondi.

"De nada", disse ele, aparentemente distraído. "Se eu gostar de você, posso torná-la a futura Sra. Fernandes de uma maneira respeitável.”

'Que diabos?'

"Boa noite!” Encerrei a conversa já que Pedro me olhava com raiva. Depois de desligar, guardei meu telefone.

"É sobre o escândalo. Ele...”

Ocorreu-me que não havia necessidade de explicar. Sentei-me na beira da cama para secar meu cabelo. De repente, ele puxou minha toalha. Virei-me e vi Pedro de pé atrás de mim. Antes que eu pudesse reagir, ele já tinha começado a secar o meu cabelo.

O silêncio permaneceu no ar. Pouco tempo depois, meu cabelo estava seco. Ele jogou a toalha de lado e mandou: "Deite-se!”

'Hã?'

O óleo estava em suas mãos. Ele se ajoelhou na cama, à minha espera.

'Ele vai me dar uma massagem!'

Minhas bochechas esquentaram. "Você não tem que fazer isso. Posso...” Parei de falar quando o seu olhar ameaçador pousou sobre mim.

Em silêncio, Pedro derramou o óleo nas palmas das mãos e massageou minhas panturrilhas. Foi uma situação embaraçosa. Queria dizer uma coisa, mas nada parecia ser adequado para aquela situação.

"Você ainda está bravo comigo?”, perguntei hesitante.

Suas mãos pararam de se mover. Encontrando meu olhar, ele disse: "Dói?”

Fui pega de surpresa pela sua súbita pergunta. Pensando que ele estava se referindo às minhas cãibras, balancei a cabeça. Afinal, Sra. Espíndola inventara aquilo para facilitar a nossa reconciliação. "Na verdade não", falei.

De repente, ele se levantou. Agarrei seu braço instintivamente, e eu supliquei: "Pedro, se você está zangado, pode gritar comigo. Por favor, não me ignore!"

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