Ficar ou correr? romance Capítulo 851

Eu tinha pensado que Pedro já havia esquecido da questão de termos um filho. Mas, para minha surpresa, ele voltou a tocar no assunto quando estava bêbado. Obviamente, um filho é algo, ou melhor, alguém que estaria com você a vida inteira. Quem não gostaria de ter o próprio sangue?

Após um longo silêncio em meus pensamentos, fui deitar ao lado de Pedro. “Precisamos realmente de um filho?”, perguntei, com a voz rouca.

Não podia ter certeza se ele me ouviu, pois a única resposta que deu foi uma leve movimentação das sobrancelhas enquanto dormia.

Ele realmente havia bebido muito.

....

No dia seguinte, a luz da manhã já havia atravessado as folhas amareladas no chão quando Pedro me acordou.

Eu abri os olhos lentamente e o vi deitado ao meu lado, com um sorriso no rosto.

“Você acordou!”, exclamei roucamente, depois de esfregar o sono dos olhos.

“Sim!”, ele respondeu, com um aceno e um sorriso.

“Ainda está com dor de cabeça?”, perguntei, pois não conseguia tirar da mente o que aconteceu na noite anterior.

Ele me tranquilizou com um leve balançar de cabeça e se aproximou de mim. “Você me ajudou a tirar a roupa?”, ele sussurrou.

“Sim, o que há de errado?”, perguntei, um pouco confusa.

Não pude deixar de seguir seu olhar para seu corpo bem esculpido. Para minha surpresa, ele estava vestido apenas com sua cueca e mais nada.

Além do silêncio, minhas bochechas coradas não ajudaram a esconder o constrangimento que eu sentia. Tentando quebrar o clima desconfortável, murmurei: “Não se iluda. Nada aconteceu entre nós na noite passada, e eu não fiz nada com você. Você...”

“O que acha de agora?”, ele interrompeu, com um olhar travesso. O tempo parecia ter parado enquanto ele me olhava profundamente com seus olhos negros como a noite.

Meu coração disparou, e sem esperar por uma resposta, ele colocou a mão grande na minha cintura e se deitou sobre mim. Eu sabia que ele faria isso!

Quanto ao que aconteceu a seguir, digamos apenas que o vigor dele pela manhã realmente estava além das minhas expectativas.

Depois que eu acordei pela segunda vez naquele dia, peguei Pedro saindo do banheiro com um humor extremamente alegre. “Então, você vai comigo ao escritório mais tarde?”, ele perguntou.

“Não posso. Prometi à minha mãe que levaria a Suelen ao hospital para um exame, pois ela tem tido febres recorrentes que não desaparecem!”, disse, ainda na cama.

Ao examinar mais de perto, vi que eram comprimidos de vitamina A. Por que ele está tomando vitaminas? Ele tem se sentido mal ultimamente?

Vê-lo sair com tanta pressa só me deixou mais preocupada, então decidi ligar para Júlio para perguntar o que realmente havia acontecido. No entanto, por mais que eu tentasse, o telefone dele estava constantemente ocupado.

Após considerar minhas opções, decidi ligar para Raquel. No entanto, meu telefone tocou antes que eu tivesse a chance de discar o primeiro dela. Era Eliana.

“Você está bem? Onde você está?”, ela perguntou imediatamente ao atender.

“Estou em casa. Por quê? O que aconteceu?”, respondi, com confusão.

“Meu Deus! Você nunca confere seu telefone? A internet inteira está em alvoroço com as notícias sobre a Corporação Carvalho e você ainda está por fora?” Ela praticamente gritou.

Checar meu telefone não era um hábito, então eu realmente estava por fora de tudo naquela manhã.

No entanto, a histeria dela deixou claro que eu deveria checar meu telefone, então eu o fiz.

A manchete no site de notícias não poderia ser mais clara: ‘Empresa listada pega violação! A lei tratará a poderosa Corporação Carvalho da mesma forma que todos os outros?’

A manchete me deixou atordoada, e eu cliquei inconscientemente nela. O que encontrei foi que, durante o projeto da Vila Lavelian, a tecnologia de IA em tendência exibida pela Corporação Carvalho na verdade havia sido lançada na Europa Ocidental um mês antes da exposição. O lançamento deles não foi bem recebido pelo público mainstream apenas porque eram uma empresa pequena.