Ficar ou correr? romance Capítulo 869

Ele lançou um olhar para Pedro e, em seguida, deu uma risadinha maldosa.

“O que você estava planejando fazer, Humberto? Por que você a trouxe aqui?” Abel perguntou com uma ameaça evidente na voz.

Humberto, no entanto, se voltou para Pedro. “Sr. Carvalho, está ficando tarde. A Sra. Carvalho parece um pouco cansada. Talvez você devesse ir para casa descansar”, sugeriu de forma direta.

“Humberto Teixeira, o que exatamente você acha que eu sou?” Abel gritou. Com um movimento brusco, ele derrubou furiosamente as cartas da mesa.

Humberto, no entanto, continuou a olhar fixamente para Pedro. “Você terá que encontrar com meu pai amanhã. Deve descansar esta noite”, o homem insistiu, com um tom de advertência na voz.

Indignado por ter sido ignorado várias vezes, Abel explodiu em fúria. Ele sacou de repente uma pistola e a apontou diretamente para Humberto. “Teixeira, deixe-me perguntar novamente, o que você acha que eu sou?” Abel gritou.

A presença sólida da pistola imediatamente cobriu a sala com uma densa capa de tensão. Pedro silenciosamente me protegeu com seu corpo enquanto observava a situação se desenrolar.

Humberto, no entanto, parecia acostumado ao comportamento de Abel. Ele olhou desafiadoramente para ele e, então, disse friamente: “Sr. Abel, se você disparar essa pistola, receio que nenhum de nós sairá do Cassino Gold Star esta noite.”

O rosto dele ficou roxo. Ele evidentemente estava dedicando toda a sua força para conter sua raiva.

Depois do que pareceu uma eternidade, Abel lentamente abaixou a pistola. Olhou para Pedro e, de repente, riu de forma áspera. “Sr. Carvalho, talvez em outro dia então. Não se preocupe. Haverá muitas oportunidades para nos encontrarmos novamente. Vá embora!”

Ainda assim, o olhar de Pedro não vacilou. Ele permaneceu impassível, mesmo quando assentiu educadamente. “Ficarei feliz em marcar um encontro para tomar algo. Quanto a outras atividades, mantenho o mesmo princípio de que não farei nada para prejudicar ninguém.”

Com essa declaração, Pedro agarrou minha mão e praticamente me arrastou para fora da sala privativa. Estava completamente atordoada com todo o evento e tinha tantas perguntas para fazer. Minha curiosidade morreu em meus lábios, no entanto, quando vi a urgência com que ele me arrastava pelos corredores do cassino.

O primeiro andar estava movimentado como de costume. Pedro se movia com habilidade pela multidão barulhenta até finalmente chegarmos à saída. Os funcionários designados por Fábio já nos aguardavam lá. Com isso, nos juntamos a eles e entramos no carro.

Pedro tinha acabado de ligar o carro quando uma multidão de pessoas surgiu, formando uma barricada na estrada à nossa frente.

Eles não estavam ali por nossa causa. Alguns homens corpulentos tinham jogado um homem para fora do cassino e estavam agora golpeando-o com socos e chutes.

O alvo escolhido estava gritando por misericórdia, mas seus gritos caíam em ouvidos surdos. Somente quando perceberam que o homem estava quase morto, seus agressores consideraram a missão cumprida. Eles voltaram para dentro, sem parecerem prejudicados.

Confusa, virei-me para Pedro. Será que eles se conhecem?, perguntei a mim mesma.

Achei a total indiferença do homem em relação ao perigo em que estava bastante surpreendente.

Pedro, no entanto, pressionou os lábios em uma linha fina. “Saia daqui!”

Ainda assim, o homem sem vergonha se agarrou. Na verdade, ele quase subiu completamente na frente do nosso carro. “Se você não estiver disposto a me deixar entrar no seu carro, continuarei deitado aqui. Não quero assustar a bela senhora ao seu lado, também.”

Pedro estava furioso naquele momento. Sem hesitar, ele pisou no acelerador mais uma vez. O carro disparou para frente, e o homem perdeu o equilíbrio, rolando do capô e caindo com um pesado baque no chão. Pedro, no entanto, não fez movimento para parar o carro. Ele parecia totalmente decidido a atropelar o homem.

Felizmente, o homem reagiu com o que seria uma velocidade relâmpago em sua condição, evitando por pouco ser esmagado pelo nosso carro.

Os xingamentos violentos do homem nos seguiram enquanto dirigíamos. “Você está louco! Se você realmente me atropelasse, teria me matado!”

No entanto, Pedro não prestou atenção a ele. Após um tempo, seus gritos de abuso desapareceram na distância.

Estava tremendo após o encontro. Meu corpo estava todo coberto de suor frio. Olhei pela janela do carro, concentrando-me na luz dos postes de rua. Depois de ter me acalmado consideravelmente, virei-me novamente para Pedro. Seu rosto permanecia tão sombrio quanto durante toda a noite. Senti-me compelida a perguntar: “O que exatamente estava acontecendo esta noite?”