Ficar ou correr? romance Capítulo 874

Ele me olhou, ainda rindo levemente. “Sim. Eu sei que minha irmã se jogou do telhado da Corporação Carvalho. Você parecia achar que a vida dela valia apenas duzentos mil. Ela pode ter sido jovem e fácil de enganar, mas não sou tão ingênuo.”

Ao olhá-lo, comecei a sentir um terror crescente. “O que exatamente você quer de mim?”

Ele olhou ao redor antes de dizer: “Pedro parece estar muito preocupado com você. Se eu te sequestrasse, ele provavelmente estaria disposto a pagar um resgate enorme.”

Não estava nem um pouco curiosa com as palavras dele. Pelo contrário, estava bastante surpresa.

Depois de me acalmar, olhei para a sua aparência assustadora e disse: “Sua irmã cometeu suicídio. Não teve nada a ver com a Corporação Carvalho. Se não fosse por causa dos problemas do filho dela, talvez ela nem tivesse recebido os duzentos mil. Se você se atrever a colocar um dedo em mim, você só acabará na cadeia.”

A risada dele estava começando a incomodar meus ouvidos. “Não tente me assustar. Você acha que não sei sobre todos os crimes que vocês cometeram? Vocês, ricos, acham que é o suficiente afastar a gente com dinheiro, mas todo o seu dinheiro foi tirado de pessoas como nós. Vocês são todos enganadores.”

O discurso dele não tinha a menor lógica. Franzi a testa, sabendo que ele provavelmente já estava longe demais. A parte lógica de mim estava me alertando para não mexer com uma pessoa louca.

Como estava andando sem pensar muito, não percebi que não havia muitas pessoas ao meu redor agora. Fora de Nova Itália e Antares, Pedro não havia organizado seguranças para mim. Tudo o que eu podia fazer era tentar escapar sozinha.

“Não me importa se você acredita ou não. Sua irmã cometeu suicídio. Tenho certeza de que você sabe muito melhor do que eu, porque você e seus pais já haviam arruinado a vida dela. Ela não podia mais viver como uma jovem normal. Os três de vocês são os verdadeiros responsáveis pelo suicídio dela.”

A risada tola dele rapidamente se transformou em uma expressão de fúria sombria. Então, ele me fulminou com o olhar e gritou: “Eu vou te matar!”

Enquanto falava, ele puxou uma faca do casaco e avançou em minha direção. Com os olhos arregalados, só podia olhar impotente enquanto ele se aproximava, completamente despreparada para o que estava por vir.

Senti como se tivesse sido mergulhada nas profundezas do desespero e não tivesse como escapar.

A faca dele estava se aproximando cada vez mais. Meus membros pareciam feitos de papel; em meio ao medo, eu era simplesmente uma marionete sem cordas, incapaz de escapar mesmo enquanto minha mente gritava para eu correr.

“Vá para o inferno!”, ele gritou.

“Como você se atreve, Sávio?” Um grito repentino me tirou do meu transe, e eu fiquei imóvel. Após alguns segundos, ouvi um grito masculino.

Quando finalmente me acalmei o suficiente para olhar na direção dele novamente, estava em outro estado de choque. O homem que estava brandindo a faca em minha direção estava agora preso no chão, sendo espancado por dois homens.

Humberto estreitou os olhos e caminhou até Sávio. Então ele se ajoelhou e olhou para ele com desgosto. “Esta é a minha primeira e última advertência, fique longe dela, ou eu vou cortar suas mãos. Você gosta de apostar, não é? Me pergunto o que você fará sem suas mãos. Vai apostar com essa boca podre?”

Sávio era tão covarde quanto parecia. Diante da ameaça de Humberto, ele balançou a cabeça freneticamente e disse com medo: “Não vou tocar nela novamente! Sinto muito por mexer com você, Sr. Humberto! Por favor, me deixe ir!”

O desgosto no rosto de Humberto se aprofundou, e ele se levantou enquanto limpava as mãos com um lenço. Depois disso, deu um chute em Sávio com desdém e disse: “Saia daqui e nunca mais mostre sua cara na minha frente novamente.”

Ele se levantou assim que ouviu isso e saiu correndo com o rabo entre as pernas.

Suspirei aliviada e olhei ao redor. Parecia que eu teria que chamar um táxi de volta para o hotel. Andar a pé era simplesmente muito perigoso.

Humberto limpou os dedos esbeltos e se virou para me olhar. “Você precisa que eu te leve de volta?” Ele claramente estava insinuando que eu deveria sair daqui rapidamente.

Balancei a cabeça. “Não, mas obrigada!”

Depois disso, virei-me para seguir o caminho de volta. Por alguma razão, Humberto começou a me seguir. Olhei para trás surpresa e perguntei: “Sr. Humberto, há algo de errado?”