Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 258

Quarto de Hospital

Como o médico havia dito, a vontade de viver de Naiara era muito baixa. Desde que saiu da sala de emergência, ela permanecia inconsciente.

Wilson estava sentado ao lado da cama dela, não saindo de perto nem por um instante.

Durante toda a noite, ele não se atreveu a fechar os olhos nem a se afastar, para o caso de algo acontecer com ela.

Repetidamente, ele dizia palavras de encorajamento a Naiara, tentando animá-la, tentando despertar nela a vontade de lutar pela vida.

Mas não adiantava, Naiara podia ouvi-lo, mas simplesmente não respondia.

Ficou deitada em silêncio, sem querer lutar contra a morte, permitindo que os sinais de vida escoassem lentamente de si.

Ela realmente não queria viver.

"Sr. Araújo, talvez o senhor possa tentar chamar pessoas importantes na vida da Srta. Leite. Elas talvez consigam convencê-la a ficar," sugeriu o médico ao verificar o estado de Naiara pela manhã.

Pessoas importantes?

A primeira pessoa em quem Wilson pensou foi Zélia.

Incomodado com o fato de Naiara estar sozinha no hospital, ele ligou para seu assistente e disse-lhe para buscar Zélia imediatamente e trazê-la para o hospital o mais rápido possível.

Depois de desligar, Wilson inclinou-se para sussurrar no ouvido de Naiara.

"Naiara, mandei alguém buscar Zélia. Pense na Zélia, ela só tem cinco anos, ela precisa da mãe. Não desista de si mesma, por favor?"

Naiara, que até então não havia reagido, ao ouvir o nome de Zélia, duas lágrimas deslizaram lentamente pelos cantos de seus olhos.

Wilson percebeu que Naiara finalmente teve uma reação.

Seus olhos ficaram vermelhos de repente.

Ele achou que tinha funcionado.

Mas, no segundo seguinte, o monitor ao lado da cama de repente começou a emitir um alarme.

A mudança repentina pegou Wilson de surpresa, ele ficou visivelmente atordoado.

Olhou fixamente para o monitor.

Só para ver os batimentos cardíacos de Naiara caindo extremamente rápido.

As pupilas de Wilson se dilataram em choque, percebendo o que estava acontecendo, e sem pensar, correu para fora com passos largos, gritando, "Doutor! Doutor!"

O médico não tinha ido muito longe.

Ao ouvir o grito de Wilson, ele imediatamente entendeu o que estava acontecendo, e seu rosto também mudou de expressão.

Rapidamente se virou e correu de volta para o quarto.

Entrando correndo na enfermaria, ele se esforçou para prestar os primeiros socorros a Naiara.

Wilson ficou de lado, com o corpo frio, olhando para Naiara na cama do hospital, seu cérebro estava em branco, a pessoa inteira estava atônita.

Até que Naiara recuperou seus batimentos cardíacos.

Wilson quase perdeu as forças, suas pernas cederam, quase caindo, mas conseguiu se segurar na parede atrás de si para não desabar.

O médico saiu.

Wilson voltou para o lado de Naiara, sentou-se, e com um gesto suave, limpou as lágrimas dos cantos dos olhos dela.

Olhando para Naiara, tão frágil que parecia que poderia partir a qualquer momento, ele não ousou dizer mais nada.

Lembrou-se de quando, não muito tempo atrás, ele a acompanhou para buscar a caneca de café que Zélia havia feito para Jorge.

Depois que Jorge a quebrou, ela mencionou Zélia, e na época, estava profundamente triste e magoada.

No fundo do coração, ele começou a suspeitar de algo.

Essa suspeita foi confirmada quando o assistente ligou de volta.

"Sr. Araújo, a filha da Srta. Leite faleceu há alguns meses de insuficiência renal".

As palavras faleceu atingiram Wilson em cheio.