Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 29

Enquanto falava, seus olhos se encheram de lágrimas, e a culpa tomava conta de seu rosto.

Jorge estava com a expressão séria; naquele momento, não conseguia se concentrar em acalmar Valéria, e perguntou em um tom grave: "Você conseguiu ver quem estava segurando a Zélia?"

Ele estava preocupado que pudesse ser um sequestrador.

"Era uma mulher de meia-idade, parecia um pouco com uma babá, e Zélia meio que confiava nela."

disse Valéria em um tom incerto.

Jorge insistiu: "Para onde foram?"

Valéria apontou prontamente em uma direção: "Para lá."

Jorge imediatamente começou a correr naquela direção.

À frente, a quantidade de pessoas não era grande.

Se ele se apressasse, talvez ainda conseguisse alcançá-las.

"Ai, meu Deus."

Jorge tinha acabado de correr alguns passos quando ouviu o grito de dor reprimido de Valéria atrás dele.

Seus passos para frente pararam imediatamente.

Virou-se e olhou para Valéria, só então percebendo que ela estava machucada.

Ao cair, a barra levantada do vestido revelava um joelho ferido, coberto de sangue, uma visão aterradora.

Jorge deu alguns passos largos de volta e ajudou Valéria a se levantar.

Assim que Valéria se levantou, ela empurrou Jorge e disse em um tom ansioso: "Jorge, é só um pequeno machucado, estou bem. Vá atrás delas. Você corre rápido, elas não foram longe, você vai conseguir alcançá-las."

Entre uma palavra e outra, ela não podia se importar menos com a dor na perna.

Ela mancou para frente para continuar a perseguição.

No entanto, mal deu um passo, seu corpo foi erguido do chão.

Jorge a pegou pela cintura, não para continuar a perseguição, mas para voltar ao carro onde havia estacionado.

Valéria segurou a camisa de Jorge, aflita: "Jorge, estou realmente bem, encontrar a Zélia é mais importante, você não a vê há tanto tempo."

O rosto de Jorge se afundou visivelmente alguns tons mais profundos quando ouviu isso.

"Se ela gosta tanto de se esconder, vamos ver até quando a Naiara consegue mantê-la escondida!"

O tom de Jorge tornou-se frio.

Valéria parecia querer dizer algo mais, mas ao ver a expressão no rosto dele, calou-se, enterrando o rosto no peito do homem.

...

Dentro do carro.

"Jorge, não precisamos ir ao hospital, podemos voltar ao evento? É apenas um pequeno machucado, estou realmente bem."

Valéria segurava o braço de Jorge, recusando-se a ir ao hospital.

"Você sabe o quanto me esforcei para ganhar o primeiro lugar neste concurso de joias, quantas noites passei acordada."

Enquanto falava, os olhos de Valéria se avermelharam.

"Você sabia? Hoje à tarde, o Juiz Pires deixou escapar que eu sou a vencedora do concurso, e fiquei tão feliz."

"Fiquei feliz não apenas porque meu esforço foi reconhecido, mas principalmente porque, ao ganhar este primeiro lugar, posso entrar na Joias Carlyle, é o primeiro passo para o nosso futuro."

"Jorge, estou tão ansiosa para esta noite. Você mesmo vai me entregar o prêmio e eu poderei ficar ao seu lado bem cedo, mesmo que por apenas alguns minutos."

Valéria olhou para Jorge com ternura.

Seus olhos pareciam ganchos.

Esperando que Jorge, sem resistir, a beijasse apaixonadamente.

"Sim."

Jorge, no entanto, apenas respondeu com uma voz baixa.

Jorge viu Naiara e seu olhar era extremamente frio.

Naiara evitou olhar para ele, fixando seu olhar diretamente em Valéria, que estava nos braços de Jorge. Então, com um tom de ironia, perguntou: "Valéria, você realmente viu a Zélia?"

Valéria hesitou por um instante.

Mas foi apenas um instante antes de se acalmarem.

Com uma voz firme, ela afirmou: "Claro que vi."

Em seguida, com uma expressão magoada, questionou: "Naiara, o que você quer dizer com isso? Está insinuando que eu menti para o Jorge?"

"Não é isso mesmo?"

Naiara respondeu de forma incisiva.

Valéria, emocionada, gritou: "Claro que não!"

Com os olhos marejados pela injustiça, ela se virou para Jorge e se defendeu com cara de resignada: "Jorge, você tem que acreditar em mim, eu realmente vi a Zélia."

"Eu acredito em você."

Jorge falou com uma voz grave.

A palavra acreditar fez com que os olhos de Naiara ficassem visivelmente frios por alguns instantes.

De novo.

Não importava o que Valéria dissesse, Jorge decidia acreditar firmemente.

"Naiara, eu realmente vi a Zélia."

Valéria insistiu, dirigindo-se novamente a Naiara, com palavras assertivas.

Naiara soltou uma risada sarcástica e disse, com uma ironia cortante: "Valéria, realmente não esperava que você tivesse essa capacidade de ver fantasmas em pleno dia..."

Antes que pudesse terminar a frase, foi interrompida pelo grito furioso de Jorge, "Naiara, chega!"

"Estou avisando, esta é a última vez. Se eu ouvir você amaldiçoando a Zélia novamente, não me responsabilizo pelas consequências."