Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 315

Valéria retornou ao quarto e, após tomar um banho, conseguiu se acalmar.

Hoje, ela havia levado a pior na situação com Naiara porque subestimou a gravidade da condição dela.

Ela anotou essa dívida.

Haverá tempo de sobra para acertar as contas.

Ela jamais permitiria que Naiara saísse ilesa dessa.

De volta à cama, Valéria enviou uma selfie de pijama para Jorge, desejando-lhe uma boa noite.

Mal havia enviado, o celular tocou.

Pensando ser Jorge, ela atendeu imediatamente.

"Jo..."

Antes que pudesse chamar o nome de Jorge, ouviu a voz sarcástica de Naiara do outro lado da linha, "Valéria, não disse que não me deixaria em paz?"

A raiva que Valéria havia suprimido reascendeu com força total.

"Vadia, você fez isso de propósito!"

Naquele momento, Valéria percebeu que Naiara havia planejado tudo para que ela caísse na armadilha.

Até mesmo ao bater nela, Naiara havia controlado a força.

"E se foi? O que você pode fazer contra mim?"

Naiara falou com a voz mais calma, mas cheia de provocação.

E então desligou o telefone.

O som do "tu-tu" na linha irritou ainda mais Valéria, que respirava pesadamente de tanta raiva.

Ela jamais imaginou que, dois anos atrás, era ela quem provocava Naiara, e agora, dois anos depois, era ela quem estava sendo provocada por Naiara.

"Vadia!"

Sem ter como extravasar sua raiva, Valéria lançou o celular longe.

Ela estava furiosa.

...

Ao contrário de Valéria, que passou a noite sem dormir devido à raiva, Naiara dormiu tranquilamente.

Ao bater em Valéria, ela não deixou marcas visíveis.

Mesmo que Valéria fizesse um exame de corpo de delito, nem sequer configuraria lesão leve.

Aquela expressão de desejo era tão cativante que era impossível não rir.

O menino, no entanto, manteve uma expressão séria, como se não tivesse percebido nada, e abriu o chocolate.

A menina observava com olhos arregalados, salivando ainda mais.

"Maninho, é muito gostoso, você deve experimentar."

Ao abrir a boca para falar, um fio de saliva escorreu pelo canto.

O menino, sem conseguir se conter, colocou o chocolate na boca da menina.

"Por que está tão feliz, mamãe?"

Naiara se aproximou de Gisele, agachando-se ao seu lado.

Gisele olhou para Naiara, que a fitava de baixo, e acariciou seu cabelo, dizendo suavemente: "Ao vê-los, eu me lembro de você e do seu irmão Gelo."

Naiara tinha lacunas em suas memórias de infância e estava sempre curiosa sobre suas travessuras quando pequena.

Percebendo o interesse da filha, Gisele continuou a história enquanto voltavam para o quarto: "Quando você era pequena, também era muito animada e sorridente, como um pequeno sol."

Ao mencionar isso, o coração de Gisele apertou de emoção.