Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 322

No segundo seguinte, suas pupilas se dilataram abruptamente.

Seu peito subia e descia violentamente enquanto ela lançava um olhar furioso para Jorge.

"Você..."

Ela queria insultar Jorge, chamando-o de algo pior que um animal.

Mas mal conseguiu articular uma palavra, sua respiração ficou presa.

"Mãe!"

Naiara gritou preocupada, "Doutor, venha ver minha mãe!"

Ela imediatamente chamou Álvaro, que estava de costas, indo em direção à sala de emergência.

Álvaro se virou prontamente, com uma expressão ligeiramente alterada.

Gisele, que acabara de sair da sala de emergência, foi levada de volta.

No momento em que as duas portas à sua frente se fecharam, Naiara se virou bruscamente, olhando para Jorge com um olhar penetrante, e sussurrou entre os dentes, "Vá embora!"

Jorge percebeu algo?

Ele não insistiu em ficar ao lado de Naiara e, antes de sair, disse: "Se precisar de qualquer ajuda, pode me ligar a qualquer momento."

Naiara não respondeu, apenas continuou a olhar friamente e com ódio para Jorge.

Até que ele se virou e saiu, sua silhueta desaparecendo de sua visão.

Wilson, em um gesto reconfortante, envolveu os ombros de Naiara, dando-lhe tapinhas suaves.

"A culpa é minha!"

Naiara olhou para a luz vermelha que acendeu novamente, cheia de culpa.

"Não diga bobagens. Você estava preocupada demais com a tia, focou toda sua atenção nela, não tinha como se preocupar com Jorge. Além disso, pensávamos que a tia não conhecia Jorge."

Este detalhe, eles haviam negligenciado.

Ambos, ela e Wilson, acreditavam que a tia apenas sabia, por meio de Naiara, que Jorge havia indiretamente causado a morte de Zélia e encoberto Valéria, a responsável pela morte de Zélia.

A tia só conhecia os nomes, mas não sabia como eles eram.

Apesar das palavras reconfortantes de Wilson, o peso no coração de Naiara não diminuiu.

Ela tinha sido descuidada.

Não havia imaginado que sua mãe procuraria por informações sobre Jorge e Valéria por conta própria.

Até que, finalmente, a porta da sala de emergência se abriu novamente.

Gisele saiu de lá sem problemas, e Naiara não pôde conter as lágrimas, segurando firmemente a mão de Gisele. "Mãe..."

Ela só tinha sua mãe como família agora.

Crescendo em um orfanato, sempre ansiou pelo amor materno.

Álvaro não deu uma resposta precisa, ele estava confiante, mas não podia prometer nada.

Qualquer cirurgia envolve riscos.

"Obrigada, Dr. Barros."

Naiara percebeu que estava sendo impulsiva e fez uma pergunta precipitada.

"Amanhã de manhã, falaremos mais detalhadamente."

"Certo."

Wilson segurou a mão de Naiara, saindo do escritório com ela.

Acompanhou-a até que se acalmasse, e só então voltaram ao quarto.

A situação de Gisele estava estável por enquanto.

Já era madrugada.

"Naiara, já está muito tarde. Deixe o Wilson te levar para casa para descansar."

"Mãe, vou ficar aqui com você à noite."

Ela estava preocupada.

"Ouça, vá para casa e descanse bem."