Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 395

"Jorge Martins, pare de falar sobre a Zélia, você realmente não merece!"

Naiara Leite pressionava o coração com uma dor cortante, onde os ossos de Zélia estavam.

Como sua Zélia se sentiria ao ouvir o pai que tanto amava defender repetidamente o assassino que a matou?

"Naiara..."

"Saia!"

Naiara, tomada pelo ódio, interrompeu Jorge friamente!

Jorge olhava para Naiara, que se tornava uma fera toda vez que Valéria e Zélia eram mencionadas.

Ela estava presa a essa obsessão.

Mas ele não podia deixá-la seguir cegamente, fazendo qualquer coisa para atacar Valéria, arriscando-se a perder tudo no processo.

"Naiara, você deve saber. Enquanto eu estiver aqui, você não poderá tocar em Valéria."

Jorge disse isso apenas para que Naiara desistisse.

Para não persistir na mesma direção.

Machucar a si mesma e aos outros.

Mas para Naiara, aquelas palavras significavam que, não importava o que Valéria Gomes tivesse feito, mesmo que seus crimes fossem horríveis, enquanto Jorge estivesse presente, ele a protegeria e Valéria ficaria impune.

Desde o início, Naiara tentava reprimir suas emoções, mas a última frase de Jorge a levou ao limite.

"Jorge, eu disse para você sair, vá para longe, não me enoja mais, nem a Zélia!"

Sua mão, pressionando os ossos de Zélia, tremia incontrolavelmente.

O que chamavam de amor paternal era ridiculamente patético.

Jorge viu Naiara tremer por completo.

Instintivamente, ele tentou abraçá-la para confortá-la, mas antes que pudesse tocá-la, ouviu o grito de rejeição dela: "Saia!"

As sobrancelhas bem definidas de Jorge franziram enquanto olhava para Naiara, seus olhos cheios de preocupação.

Sua mão estendida, por fim, lentamente recuou.

Em vez de forçar um abraço para confortá-la, ele optou por se virar e sair.

No andar de baixo, Jorge encostou-se no carro e ligou para Manuel Rocha.

...

Ao ouvir que Jorge havia saído, o corpo de Naiara deslizou lentamente pela parede.

Manuel a confortou com leves tapinhas no ombro, dizendo: "Vamos entrar."

Naiara seguiu o impulso de Manuel, levantou-se, destrancou a porta, e os dois entraram.

Manuel a ajudou a sentar-se no sofá e foi buscar água, quando o telefone em seu bolso tocou.

Era uma mensagem de Jorge.

[Naiara está bem?]

Manuel não queria responder a Jorge.

Embora não soubesse exatamente o que havia acontecido, o estado de Naiara deixava claro que era obra de Jorge.

Mas ao lembrar-se da natureza autoritária e impositiva de Jorge, temendo que ele pudesse causar mais problemas a Naiara, respondeu friamente: [Está bem.]

Logo, uma nova mensagem chegou.

Jorge: [Se precisar, me ligue a qualquer hora.]

Manuel olhou rapidamente e ignorou a mensagem de Jorge, levando a água quente até o sofá. "Naiara, beba um pouco de água quente."

Naiara estendeu a mão para pegar o copo, segurando-o com ambas as mãos enquanto a água balançava suavemente dentro do recipiente.