Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 416

Álvaro estava a caminho do hospital quando ligou para Jorge.

Com uma expressão grave, ele desligou o telefone e acelerou em direção ao hospital.

A situação de Gisele parecia estável anteriormente, então como ela poderia ter entrado em choque de repente?

Gisele havia passado por uma grande cirurgia e já estava frágil; entrar em choque agora era extremamente perigoso.

Se o resgate não fosse rápido, ela poderia não sobreviver.

Mesmo que o resgate fosse bem-sucedido, havia o risco de ela não acordar mais, tornando-se um estado vegetativo.

Com esses pensamentos em mente, Álavaro pressionou o acelerador novamente, correndo contra o tempo para chegar ao hospital.

Em momentos críticos assim, cada minuto poderia fazer a diferença.

Ele não queria que algo acontecesse com Gisele.

......

No hospital, na sala de emergência

Naiara estava pálida, parada na porta.

Manuel tinha se oferecido para revezar com ela no cuidado à mãe.

Não havia necessidade de ambos esperarem no hospital, então ela o mandou descansar e voltar na manhã seguinte para substituí-la.

À noite, quando seu ciclo menstrual começou, ela avisou a cuidadora e foi ao supermercado em frente comprar absorventes.

Ela se ausentou por menos de meia hora e, ao retornar, soube que sua mãe havia entrado em choque e estava na sala de emergência.

Naiara ficou completamente atordoada.

O tempo de espera parecia uma eternidade.

Não se sabia quanto tempo se passou até que a porta finalmente se abriu.

A figura de Álvaro apareceu diante de Naiara.

Ao ver a expressão de Álvaro, Naiara ficou paralisada, como se suas pernas estivessem pesadas como chumbo, incapazes de se mover.

Os lábios dela se abriram, mas nenhuma palavra saiu.

"Dr. Barros, como está Gisele?"

Foi a cuidadora que, incapaz de conter a preocupação, deu um passo à frente e perguntou.

Ela precisava saber do resultado.

Provavelmente... não sobreviveria, certo?

Na escada de emergência

A cuidadora, ao saber que Gisele havia se tornado um estado vegetativo, ficou com sentimentos confusos.

Sentia medo, preocupação, culpa, mas também uma certa excitação.

Ela trabalhava como cuidadora no hospital há quase dez anos e estava acostumada com a morte.

A morte não a afetava muito.

O medo, a preocupação e a culpa desta vez vinham do fato de que ela tinha envolvimento direto.

Mas o dinheiro oferecido era muito.

Cinquenta mil reais eram uma quantia que levaria anos de trabalho duro para ganhar.

Como cuidadora, ela fazia o trabalho sujo e pesado, além de lidar com pacientes difíceis e até abusivos.

Claro, havia pacientes bons, como Gisele.

Mas muitos eram rudes, desrespeitavam e não as viam como seres humanos.

Ela estava cansada desse trabalho.

Então, quando lhe ofereceram cinquenta mil reais para, em um momento em que Naiara não estivesse presente, remover o tubo de oxigênio de Gisele, ela hesitou.