Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 447

Hospital

Quando Naiara chegou ao hospital, Manuel já havia sido transferido para o quarto.

No caminho para o quarto, ela encontrou um dos colegas de equipe de Manuel.

Ele segurava um maço de cigarros, com uma expressão grave, prestes a ir para a escada de incêndio fumar um cigarro.

Ao ver Naiara, ele parou.

"O Manuel está bem?"

Naiara, ofegante de tanto correr, olhou cautelosamente para o colega de equipe de Manuel enquanto fazia a pergunta.

Como é que num momento tão crucial ele poderia ter sofrido um acidente de carro?

Ela não ousava pensar na possibilidade de algo ter acontecido com Manuel.

Se algo tivesse acontecido, o sonho pelo qual ele trabalhou tanto durante anos não se realizaria.

Quão triste Manuel ficaria?

"A vida dele não está em risco, mas o punho dele sofreu uma lesão muito grave. O médico disse que essa mão está inutilizada."

O colega falou em um tom pesado.

Ele era um grande amigo de Manuel e sabia melhor do que ninguém o quanto Manuel se esforçou e lutou para ganhar o campeonato.

Agora, com o punho gravemente lesionado, isso significava que ele não poderia mais competir.

Ao ouvir a palavra "inutilizada", Naiara cambaleou para trás, perdendo o equilíbrio por um momento.

Seus olhos imediatamente ficaram vermelhos e lágrimas começaram a escorrer.

Ela chorou copiosamente por um bom tempo.

Depois de algum tempo, ela conseguiu parar de chorar.

Ela enxugou as lágrimas do rosto, ajustou suas emoções e então seguiu em direção ao quarto.

A porta do quarto estava fechada, mas através do vidro na porta, ela viu Manuel de costas para a entrada.

Naiara estava prestes a abrir a porta quando viu os ombros de Manuel tremendo — ele estava chorando.

O coração de Naiara sentiu como se tivesse sido esfaqueado, uma dor que fez suas lágrimas caírem novamente.

Os dois choravam em silêncio, um dentro do quarto e o outro do lado de fora.

Até que uma enfermeira veio para trocar o soro de Manuel.

Dentro do quarto, Manuel ouviu o barulho do lado de fora e imediatamente levantou a mão para enxugar as lágrimas.

Em seguida, respirou fundo, ajustou suas emoções e virou-se para olhar Naiara.

"Não foi nada, só me esqueci por um momento que minha mão estava ferida."

Manuel falou com uma tranquilidade aparente.

A enfermeira entrou empurrando um carrinho.

Ao ouvir Manuel, enquanto trocava o soro, ela comentou: "Boa atitude, isso é ótimo."

Manuel respondeu à enfermeira com um sorriso encantador.

Depois que a enfermeira trocou o soro, ela saiu do quarto.

Restaram apenas Naiara e Manuel no quarto.

"Por que essa cara de velório, como se algo realmente sério tivesse acontecido comigo?"

Manuel levantou os olhos para Naiara, falando de forma descontraída.

"Não é nada demais, é só uma mão que não vai ser tão ágil daqui para frente. Isso não vai afetar minha vida futura, não precisa agir como se o mundo fosse acabar!"

Ele não queria que Naiara se preocupasse com ele.

Ao longo dos anos, ela já havia passado por tantas dificuldades e tristezas; ele não queria que seu ferimento se tornasse uma preocupação constante para ela, aumentando seu fardo emocional.