Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 516

Heitor colocou o novo registro de propriedade, que ele havia providenciado naquela manhã, bem na frente de Valéria.

"Está claro agora? Proprietária: Naiara Leite! Não Valéria Gomes!"

Valéria olhou para o nome de Naiara, os olhos vermelhos de ciúmes.

Ela morou ali por tanto tempo, e Jorge nunca tinha pensado em transferir a casa para o nome dela.

Agora, ele transferiu diretamente para o nome de Naiara.

Isso era uma facada no coração dela.

"Vai ficar por aqui não é? Roubando a identidade de Pequena Laranja da Srta. Leite, e agora também quer a casa?" Heitor disse, sarcástico.

Valéria estava tão irritada que seu peito subia e descia rapidamente.

Mas não havia nada que ela pudesse fazer.

Não era a casa dela, e ali, ela só poderia ser expulsa.

Valéria mordeu os lábios, envergonhada, enquanto empurrava sua cadeira de rodas para fora.

Durante esses anos, todas as suas despesas foram pagas por Jorge.

Nada na casa foi comprado com o dinheiro dela.

Se Jorge tirasse tudo, ela não teria nada.

Heitor saiu com seus homens.

Valéria foi expulsa do condomínio pelo mordomo, que alegou que pessoas não autorizadas não podiam ficar em frente à mansão.

Sem ter para onde ir e sem condições de viver na rua, Valéria acabou voltando para o apartamento alugado onde Mateus morava antes de ser preso.

Ela havia alugado para ele por um ano, e o contrato ainda estava em vigor.

Ela pegou a chave sob o tapete e entrou.

O pequeno apartamento de trinta a quarenta metros quadrados estava cheio de móveis de segunda mão e, sem ninguém morando ali por um tempo, estava com um cheiro desagradável.

Ao entrar, Valéria quase vomitou com o cheiro. Seu rosto ficou ainda mais sombrio.

Foi então que o celular dela tocou.

Valéria tirou o celular e viu que era a escola primária de Samara ligando.

Com um humor péssimo, ela não queria lidar com Samara e simplesmente jogou o celular de lado.

O professor não ligou novamente, mas mandou uma mensagem.

Valéria deu uma olhada. Ao ler a mensagem, ela ficou irritada, mas logo seus olhos brilharam de esperança.

Samara tinha sido espancada, e estava bem ferida. Valéria respondeu ao professor e foi até a escola.

...

Quando Valéria chegou, já havia cerca de uma dúzia de pais na sala do diretor.

Os ferimentos de Samara tinham sido tratados pela enfermeira da escola, mas ainda dava para ver que seu rosto estava inchado.

Um pedaço de cabelo estava faltando, e o uniforme estava rasgado, revelando os braços machucados e cheios de hematomas.

"Diretor, nossos filhos não vão estudar na mesma escola que esse pequeno demônio. Ela tem que ser expulsa imediatamente", um dos pais disse.

Fizeram com ela o que ela fazia com os outros. Samara implorou por misericórdia, mas foi em vão.

...

Valéria ignorou os outros pais e olhou para as feridas de Samara.

Sem dizer uma palavra, ela pegou Samara e a levou embora.

"Mamãe...", Samara chamou baixinho.

Valéria, em sua cadeira de rodas, saiu da escola com Samara e disse: "Vamos ver seu pai."

"Sabe o que dizer?"

"Sim!"

Ao ouvir que veriam Jorge, Samara assentiu imediatamente.

Ela também queria ver o papai.

Mãe e filha pegaram um táxi até a empresa de Jorge.

Esperaram até Jorge aparecer.

Samara começou a chorar e correu para ele, ajoelhou-se e agarrou a perna dele, levantando seu rosto machucado e chorando: "Papai..."

Um simples "papai" pode derreter o coração mais duro.

E Jorge, que realmente amava Samara, não era exceção."