Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 52

Ela estava do lado de fora, olhando através do portão de ferro.

Dentro do portão, duas pessoas tinham acabado de voltar de festa.

Na chuva, Jorge protegeu Valéria até a porta.

Valéria saiu dos braços de Jorge, levantando-se na ponta dos pés para ajudá-lo a tirar a água da chuva de seus ombros.

Jorge olhou para ela com um olhar gentil, cheio de carinho.

Essa cena à sua frente era como um balde de água fria, jogado sobre Naiara, deixando-a congelada.

Memórias passadas vieram à tona.

A indulgência e confiança incondicional de Jorge em Valéria.

Agora, mesmo que ela colocasse as evidências diante de Jorge, ele não acreditaria.

Além disso, a única testemunha estava morta.

Se ela dissesse que Valéria tinha causado a morte de Zélia, Jorge só acharia que ela estava louca.

Naiara deu um sorriso amargo, seus olhos cheios de tristeza.

Com o amor de Jorge, ela não podia fazer nada contra Valéria naquele momento.

A chuva caía cada vez mais forte.

Naiara virou-se com dificuldade, caminhando de volta, desolada.

O caminho de volta era difícil a cada passo.

Cada passo parecia pisar em lâminas afiadas, com uma dor cortante.

Zélia...

Pensar que sua filha foi morta por Valéria, e que agora ela não podia fazer nada contra a assassina.

Culpa e remorso inundavam Naiara.

Lágrimas embaçavam sua visão.

Cada passo se tornava mais pesado, e tudo à sua frente se tornava cada vez mais indistinto.

O corpo de Naiara fraquejou, caindo na chuva.

Do outro lado da rua, um Maybach preto que acabara de chegar freou abruptamente na calçada.

A porta do carro abriu, e Wilson não se importou em usar um guarda-chuva, atravessou a rua a passos largos em direção a Naiara.

O motorista rapidamente abriu o guarda-chuva e o seguiu.

Sua voz retomou o tom habitual de frieza, respondendo baixo, “Nada.”

Em seguida, virou-se e saiu.

Só quando a porta do quarto se fechou, Naiara levantou-se lentamente.

Olhando na direção em que Wilson havia partido.

Ele, ela não podia querer.

Naiara trocou de roupa e foi fazer os procedimentos de alta, sendo informada de que já estavam concluídos.

Ela saiu do hospital.

Após uma grande chuva, o céu clareou.

A luz do sol banhava seu corpo.

Naiara ergueu levemente a cabeça, banhada pela luz do sol, a luz morna brilhando sobre ela, mas ela não sentia nenhum calor.

Ela apertou os punhos.

Zélia, mamãe não deixaria impune quem causou sua morte.