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Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 615

Ele sabia que Jorge também tinha reservado um voo para o País Y.

Um dia antes do voo de Naiara.

Dissera que ia para lá negociar uma parceria, mas era apenas um pretexto.

Assim como ele, Jorge não se sentia à vontade deixando Naiara sozinha em um país estrangeiro.

A diferença era que Jorge apenas se preocupava com o fato de Naiara não conhecer ninguém lá, receava que ela não se adaptasse, fosse maltratada, que não houvesse quem a defendesse.

Já ele.

Ainda se preocupava com a Família Rolt...

“Sr. Martins, os meus funcionários também vão para o País Y e ficarão hospedados no mesmo hotel que você e Naiara. Vou orientá-los a seguir suas instruções.”

“Tudo bem, pode ficar tranquilo, não vou permitir que Naiara sofra qualquer tipo de dano novamente.”

Jorge não recusou a gentileza de Wilson.

Afinal, estavam no exterior.

Ninguém sabia se algo inesperado poderia acontecer, e ter mais pessoas para proteger Naiara só traria mais segurança.

Assim como Wilson, Jorge queria ser o apoio de Naiara.

Para que ela pudesse perseguir seus próprios sonhos tranquila.

O resto, eles cuidariam.

...

Naiara não sabia de nada disso.

No dia da viagem para o País Y, Gisele e Manuel acompanharam Naiara até o aeroporto.

Gisele não parava de dar conselhos a Naiara: “Naiara, lá no País Y você não conhece nada, não vá andar sozinha por aí, preste muita atenção à sua segurança.”

“Mãe, eu já entendi, vou tomar conta de mim mesma.”

“Tá bom, a mamãe vai esperar você voltar.”

Gisele, cheia de preocupação, soltou a mão de Naiara lentamente.

Manuel trocou algumas palavras com Naiara. Quando chegou a hora de passar pela segurança, Naiara, junto de sua assistente, acenou para os dois antes de seguir para dentro.

Assim que Naiara entrou, a primeira coisa que Gisele fez ao sair do aeroporto foi ligar para Jorge.

Foi Wilson quem lhe contou que Jorge tinha viajado para o País Y um dia antes de Naiara.

E que estava hospedado no mesmo hotel.

Só depois de saber que Jorge tinha ido, o coração de Gisele se acalmou um pouco.

Assim que a ligação foi feita, Jorge atendeu quase imediatamente.

“Gisele... Dona Gisele, pode ficar tranquila, eu vou cuidar bem da Naiara.”

No elevador, Naiara encontrou duas brasileiras.

Elas estavam ali a turismo.

Eram jovens simpáticas; assim que viram Naiara, logo puxaram conversa.

As duas moças, muito sociáveis, rapidamente ficaram amigas de Naiara e passaram a chamá-la pelo nome com entusiasmo.

As três saíram juntas do hotel.

Logo adiante, numa viela próxima.

Uma menina magra e pequena, vestida com roupas muito surradas, cabelo bagunçado e sujo, o corpo inteiro encardido, os cabelos já embolados, exalava um cheiro desagradável.

Ela estava encolhida num canto, segurando metade de um pão sujo nas mãos.

Tinha acabado de tirar o pão de um lixo ali perto.

Já estava estragado, com gosto ruim.

Mas a menina não se importava.

Sem hesitar, levava o pão à boca.

Na cabeça dela, só havia um pensamento: sobreviver.

Somente sobrevivendo teria a chance de ver a mãe novamente.

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