Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 63

Afinal, era sua neta.

A Velha Sra. Martins não quis complicar mais as coisas, pois ainda tinha assuntos a tratar. Com um tom frio, ordenou: “Saiam.”

Yasmin imediatamente ajudou Elisa a se levantar e as duas deixaram a sala.

A porta foi fechada por fora.

A Velha Sra. Martins virou-se para Jorge e, de repente, ordenou: “Jorge, ajoelhe-se!”

Jorge imediatamente caiu de joelhos.

“Você me prometeu que cuidaria bem da Naiara. É assim que você cuida dela?”

Ele não só não cuidou de Naiara, mas também se aliou àquela Valéria para maltratá-la.

Essas pessoas eram deploráveis.

Jorge era ainda pior!

“Velha Senhora…”

Nilton, que havia sido instruído a pegar o chicote, tentou interceder.

Mas foi silenciado por um olhar da Velha Sra. Martins, que, com um semblante severo, decretou: “Ninguém deve falar em defesa dele.”

Naiara entendeu que a avó Martins estava dirigindo essas palavras a ela.

Temia que ela ficasse com pena de Jorge e intercedesse por ele.

Como ela poderia?

Naiara fingiu não suportar e abaixou a cabeça, desviando o olhar.

A Velha Sra. Martins suspirou e, levantando a mão, desferiu um golpe forte no dorso de Jorge com o chicote.

Valéria e sua mãe tinham uma dívida de gratidão com Jorge. Ele havia mencionado que, se não fosse por Valéria, ele poderia não ter sobrevivido até que ela o encontrasse e o trouxesse de volta.

Ela não era ingrata.

Se Valéria fosse uma boa pessoa, ela aprovaria.

Mas Valéria era claramente uma mulher de intenções duvidosas.

Não era uma boa escolha.

Mas Jorge, teimoso, estava obcecado com aquele sentimento de infância.

A Velha Sra. Martins deu outro golpe forte em Jorge, colocando toda a sua força.

Ela estava furiosa.

Se não fosse por sua decisão de voltar do exterior para surpreendê-los, quem sabe até que ponto Naiara teria sido maltratada?

Jorge sabia que Yasmin e sua filha não toleravam Naiara e se aproveitavam de qualquer oportunidade para atormentá-la, mas ainda assim teve a audácia de deixá-la nas mãos delas.

Naiara ouviu o som do chicote cortando o ar e, de pé atrás da Velha Sra. Martins, observou sem qualquer compaixão, apenas com frieza nos olhos.

Ela viu Jorge suportar as dez chibatadas da Velha Sra. Martins, até que sua camisa preta estava em frangalhos e sua pele, machucada.

Ele aguentou calado, sem emitir um som.

A Velha Sra. Martins largou o chicote, puxou Naiara para perto e disse em tom baixo: “Naiara, a vovó está cansada, vou descansar um pouco. Cuide das feridas desse moleque.”

Após falar, piscou para Naiara.

Naiara percebeu que a avó Martins estava criando uma oportunidade para ela.

Jorge interrompeu os pensamentos de Naiara.

Ela caminhou até lá.

Sentou-se ao lado de Jorge.

Naiara apertou o tubo de pomada e aplicou no ferimento dele com um cotonete.

A força era intensa.

“Hiss!”

Jorge soltou um gemido abafado e virou a cabeça para olhar Naiara.

Viu que ela estava com uma expressão séria.

Um leve sorriso surgiu em seus lábios enquanto suas grandes mãos apertaram a cintura dela suavemente, “Vai com calma.”

Naiara parecia não ter ouvido e continuou aplicando a pomada com força.

Na hora de punição, ele não sentiu.

Mas ao aplicar a pomada, a dor fez Jorge suar frio.

Depois de muito custo, ela terminou de aplicar o medicamento.

Naiara imediatamente se levantou para ir embora.

Mas assim que se levantou, Jorge de repente estendeu a mão e segurou a cintura dela.

Em um instante, Naiara caiu nos braços de Jorge.

Ele inclinou-se e selou seus lábios com os dela.