Filha Foi Cremada! Onde Você Estava? romance Capítulo 643

Jorge levantou a cabeça e olhou para Agostinho, pedindo com urgência: "Agostinho, por favor! Deixo a Zélia sob seus cuidados, faça tudo o que puder para estabilizar a condição dela até eu voltar!"

Agostinho assentiu com seriedade, a expressão carregada: "Pode deixar! Vou fazer todo o possível!"

Em seguida, lançou um olhar para Q, que imediatamente saiu para preparar o carro.

"Muito obrigado!"

Jorge não perdeu mais tempo. Virou-se abruptamente, provocando uma lufada de vento com seu movimento e saiu apressado em direção à porta.

Ele sequer teve tempo de lançar outro olhar para a filha, que lutava entre a vida e a morte na enfermaria; seu vulto desapareceu no fim do corredor como uma flecha disparada.

Cada segundo que passava era como uma cruel facada no fio da vida de Zélia.

……

Uma cela subterrânea fria e úmida.

Eliana, por ordem de Jorge, estava submersa até a cintura em água suja.

O cabelo, antes cuidadosamente arrumado, estava desgrenhado; as roupas caras colavam-se ao corpo, tornando sua aparência completamente desleixada.

No entanto, seu olhar era como uma lâmina de gelo envenenada—cheio de ódio e de uma convicção quase insana.

A pesada porta de ferro foi aberta de maneira brusca, e a silhueta de Jorge surgiu na entrada.

Ao vê-lo, nos olhos de Eliana não havia medo; pelo contrário, ela curvou os lábios num sorriso distorcido e satisfeito.

Ela não fingiu mais.

Desde que Jorge subitamente levou embora aquela 'pestinha', ela percebeu que provavelmente ele já tinha descoberto tudo.

Se não tivesse descoberto, ele não teria tomado tal atitude.

O que ela não esperava era que Jorge encontraria tão rapidamente os documentos que ela havia destruído.

Mas, e daí?

Já era tarde demais.

Agora, ele só podia dançar conforme a música dela.

"Jorge, até que enfim você veio!"

A chance de vingança estava diante dela.

Agora, ao ver Jorge, que rejeitara todas as tentativas de acordo mas, no fim, vinha procurá-la, o orgulho de Eliana quase não podia ser contido.

Jorge desceu os degraus um a um; seus sapatos sociais ressoaram friamente nas pedras molhadas.

Parou diante das grades e olhou para baixo, encarando Eliana na cela.

Seus olhos profundos não expressavam raiva, nem súplica—apenas um abismo gélido, capaz de congelar qualquer alma.

"O antídoto."

A voz de Jorge era assustadoramente calma, mas carregava uma pressão esmagadora. "Entregue-o."

"Hahahaha..."

Eliana soltou uma gargalhada, cujo eco soou ainda mais estridente naquela cela fechada. "Antídoto? Claro que existe! Mas..."

Ela fez uma pausa, olhando para Jorge com provocação. "Jorge, você sabe o que eu quero, não sabe?"

"Case-se comigo agora. Basta se casar comigo, oficializar tudo no cartório, anunciar para todos quem eu sou, e eu salvo a Zélia. Caso contrário..."

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