Forte Amor do CEO Sensual romance Capítulo 1642

O professor tinha mandado apenas duas mensagens no grupo.

"Kira Heitor, ele é o veterano da turma, de agora em diante você pode chamá-lo de veterano, tá?"

"Cada um que cuide do seu discurso, ele vai dar conta do dele. Amanhã às duas da tarde, apareçam na sala grande do Bloco B para um ensaio. A cerimônia de abertura é coisa séria, não podemos vacilar."

Kira Heitor mandou um simples "Ok" e não pensou mais no assunto.

Logo em seguida, ela foi verificar a conversa com Isabela Mandes. "Isabela, como tá sendo o novo período?"

Isabela respondeu, "Mana, tô morrendo de saudades, um montão mesmo. Quanto tempo ainda vou ter que esperar pra te ver na Capital?"

Kira Heitor confortou, "É só você mandar bem nos estudos que, em alguns anos, preste o vestibular pra Capital e a gente fica junta de novo."

Isabela só disse, "Mana..."

Kira Heitor insistiu, "Isabela, o que foi?"

Depois de um tempão, Isabela finalmente mandou mensagem. "Mana, a mãe disse que a gente é pé-frio porque tomamos o lugar de um irmãozinho, e por isso ela nunca teve um filho homem."

Essas palavras já tinham sido ouvidas por Kira Heitor inúmeras vezes desde pequena, tanto que ela estava cheia delas.

Quando ouviu pela primeira vez, chorou e questionou a mãe por que ela não era querida e porquê a mãe preferia ter um filho homem.

Com o tempo, ela foi se acostumando e já não ligava.

Já era ruim o suficiente só ela ouvir isso dos próprios pais, e eles também já estavam enchendo a cabeça de Isabela com essas ideias.

Antes de ir para a Capital, eles tinham prometido que tratariam da Isabela direito.

Engolindo a dor e a raiva, Kira mandou uma mensagem para Isabela. "Não importa o que eles digam, finja que é surda. Lembre-se sempre do que eu te disse: não tiramos o lugar de ninguém."

Isabela não entendeu direito, mas concordou obedientemente.

O pai de Cecília disse, "Eu também. Você nunca ficou tanto tempo longe de nós. Já decidimos, vamos te visitar no fim do mês."

Cecília respondeu, "Pai, mãe, já sou grandinha, vocês precisam aprender a me deixar crescer..."

Eles falavam alto, mas as vozes não conseguiam mais alcançar os ouvidos de Kira Heitor.

Se pudesse escolher, ela também teria gostado de nascer numa família comum, para desfrutar do carinho e da proteção dos pais.

Mas não existe "se" na vida...

Kira Heitor se enfiou debaixo do cobertor, e esfregou as lágrimas que insistiam em escorrer.

Repetia para si mesma que não podia chorar.

Uma criança sem ninguém para se importar, nem ao menos tinha o direito de chorar.